Obrigações Conjugais

Autor

A história é longa, mas valerá a pena…

CAPÍTULO I
SOFRIDA NOITE DE NÚPCIAS
.
.
Manuela sempre sonhou com o seu casamento, sempre se imaginou entrando na igreja de véu e grinalda para encontrar no altar o príncipe que seria o amor de sua vida…
Estamos em 1850, época que as mulheres não tinham maiores ambições e Manoela vivia numa pequena aldeia no interior da Província do Rio de Janeiro. Aquele local era destinado a pessoas de vida simples que moravam num vilarejo de rua de terra que tinham como única alegria e passatempo ir à igreja que de vez em quando realizava uma quermesse que alegrava o povo daquele lugar.
Também havia o boteco do Juca que era frequentado pelos homens, além disso, havia o bordel que era de pouco conhecimento das mulheres respeitadas. Os fazendeiros, ricos, sempre frequentavam a casa de sexo para aliviar as tensões que o espírito trazia por causa do tesão que se acumulava.
Manuela não sabia dessas coisas, ora, ainda não era realmente uma mulher e não sabia nada da vida. Quando ficou menstruada pela primeira vez, temeu a revolta de seus irmãos, temeu ter ficado doente, até que uma escrava ensinou para ela que esse era um feito normal entre as mocinhas como ela, assim, o tempo passou e Manuela se tornou uma adolescente bonita perto dos dezoito anos.
A moça ficava sempre em casa com sua mãe que a ensinava fazer bordados enquanto o pai ficava fora trabalhando naquela fazenda que tanto amava, talvez mais que a própria esposa. Manuela bordava o seu enxoval porque sabia que já estava em idade de se casar desde que tinha passado dos quinze e esse momento ia chegar porque era o ciclo natural para as jovens daquela aldeia.
O ciclo se concretizou porque numa tarde o pai da moça anunciou para ela que iria se casar, que inclusive já era para preparar o vestido de noiva. Quando Manuela perguntou quem era o noivo, o pai foi ríspido com a resposta:
– Não te interessa, isso é assunto meu!
O pai de Manuela estava certo, ora, ele havia feito uma dívida na mesa do boteco do Juca, mas ao invés de pagar em dinheiro propôs dar a filha como pagamento. O seu oponente era um dos fazendeiros mais ricos da região e o casamento, o contrato que era, poderia lhe render bons trocados no futuro.
Manuela temeu essa incerteza. Em seu quarto a jovem sentia amargura no coração por não conhecer o seu destino, não imaginava porque o pai era tão ríspido com ela. A moça ficou nesses pensamentos escuros até que a mãe a acalmou dizendo para ela quem é o noivo:
– Senhor Fernando Fernão, o dono da Fazenda de Araruna.
– Mas ele tem a idade de ser meu pai!
– O que tem isso? É um homem de quarenta anos que busca um herdeiro, além disso, trata-se de um homem bonito e vistoso, um ótimo noivo pra você.
Manuela não poderia realmente imaginar que o seu marido seria um jovem de vinte anos, pois suas amigas se casaram com homens até mais velhos que mais pareciam seus avôs. Quando a moça imaginava como fora terrível a noite de núpcias para elas, suas amigas, Manuela apenas pensava que o pai não seria tão cruel para escolher um velho como seu marido.
De fato, o pai não havia sido cruel porque Fernão não era um homem velho e feio, o que aterrorizava a moça. Manuela pôde perceber isso no jantar de noivado, assim, conseguiu ficar frente a frente de seu noivo.
A impressão da moça foi estranha. Fernão era um homem muito alto e forte, dizem que ele havia sido peão na juventude, sendo que só conseguiu riqueza com muitos anos de trabalho e isso explicaria o jeito bronco daquele homem que mal dirigiu uma palavra para sua noiva. Manuela sentiu falta que ele olhasse em seus olhos, achou estranha tanta falta de afeto.
Fernão, ao ir embora, pegou a mão da moça em cumprimento e ela se assustou de como aquela mão era áspera. Quando ele lhe deu um beijo na testa, por mera educação, a barba cerrada machucou a sua pele. Obviamente aquele noivo, apesar de rico, não era apropriado para uma mocinha como Manuela que tinha a pele mais branca que o papel e o corpo mais delicado que uma pluma.
Antes de dormir, Manuela se aproveitou da visita da mãe que foi observar se o enxoval estava bem guardado no baú. A jovem queria fazer uma pergunta:
– O que eu faço na primeira noite?
A mãe da jovem ficou constrangida e aterrorizada com a pergunta. Como sua filha entrava nesses assuntos com ela? Nunca poderia falar de sexo com aquela menina, seria algo absolutamente imoral!
– Não te interessa! Estará fazendo a sua obrigação, um dever conjugal, basta deitar na cama de seu marido e cumprir com o seu dever.
Com raiva deixou a moça só no escuro. Manuela temeu a primeira noite, ora, sempre se imaginou uma princesa chegando ao altar para encontrar o príncipe, sempre imaginou a noite de núpcias com alegria, mas não imaginava que o seu noivo seria um homem de mãos ásperas e barba pontiaguda.
O casamento ocorreu de forma fria, sem nenhuma emoção. Fernão não demonstrou nenhuma expressão no rosto ao ver a noiva chegando ao altar. Manuela não se sentiu realizando um sonho quando entrou na igreja. O padre disse as palavras que deveria dizer e a cerimônia terminou quando o noivo lhe deu um beijo na testa, com a conhecida barba que a machucava.
O pai havia preparado uma grande festa no meio da aldeia, assim as pessoas mais simples puderam se divertir dançando na lama achando que eram iguais os fazendeiros ricos que comiam um banquete na mesa ostentada na frente da igreja.
Manuela estava longe daquele local, em seus devaneios ela temia o seu futuro longe dos pais, dos irmãos e da casa que conheceu desde menina. Manuela naquele momento era a senhora Fernão, mulher de fazendeiro rico, se é que poderia realmente chamá-la de mulher ao lado do marido que era vinte anos mais velho.
Manuela percebia que o seu casamento era um grande negócio. A festa inteira o pai da moça e Fernão negociaram terras e escravos, os dois se imaginando ainda mais ricos com esse casamento. O que a moça queria? Era assim que as coisas aconteciam em seu tempo. O amor era lenda.
A noite chegou e Manuela entrou na carruagem do marido que a guiaria até a Fazenda de Araruna. O silêncio foi presente em toda a viagem e a expressão facial de Fernão continuou inalterável, sem nenhum sorriso. A moça reafirmava a posição que o seu marido era um homem de poucos sentimentos.
Quando chegaram na fazenda foram recebidos pela velha escrava Josefa que a recebeu com um sorriso, o primeiro afeto daquela casa que nem o marido lhe ofertara. Manuela percebeu que a casa era muito grande e vazia porque Fernão não tinha parente e vivia só com os poucos escravos de casa.
– Prepare ela para a noite de núpcias!
Fernão havia ordenado a escrava e depois sumiu por um dos cômodos. Josefa sorriu para a jovem que estava amedrontada, ora, a primeira noite havia chegado e ela nem imaginava como seria. Um homem que mal olhava em seus olhos não poderia ser gentil e nem afetuoso ao realizar o dever conjugal.
– Sinhô Fernão é bruto.
Comentou a escrava enquanto subiam as escadas para o quarto do casal, onde Manuela entrou com o coração na mão. Tinha muito medo pelo o que estava prestes a acontecer. Fernão não parecia saber tratar uma mulher e a jovem nem mulher se considerava, mais era uma adolescente de quase dezoito anos, idade de ser sua filha.
– Vai se acostumar, sinhá, vai se acostumar…
A escrava Josefa não tinha mais o que dizer, sabia que o seu senhor era um homem bruto e vendo aquela mocinha tão pequena e com a pele tão alva se apiedou, mas o que poderia dizer naquele momento? A jovem era uma esposa, talvez tão escrava como ela, não havia piedade que pudesse salvá-la.
Josefa preparou o quarto e ajudou a jovem a vestir a camisola que foi bordada especialmente para a ocasião. A camisola da noite de núpcias era rosa e Manuela havia costurado imaginando o dia que encontraria um príncipe, mas não era um príncipe, sim um sujeito bronco que nem lhe dirigia uma palavra.
O quarto era iluminado por velas. Manuela estava se vendo no espelho com os cabelos claros soltos para o lado, assim, pôde ver Fernão entrando pela porta e logo mais a trancando com chave. A jovem se levantou, ficou de frente para ele ensaiando um sorriso, até que o homem começou a se despir rapidamente.
Fernão tirou a camisa, os sapatos, a calça, a ceroula…
Manuela tomou um susto, andou para trás até encostar na parede. Não andou mais para trás porque não havia aonde se esconder. Nunca havia visto um homem nu antes e mal sabia o que servia aquele negócio apontado para o alto. O caralho de Fernão levantado para ela era angustiante.
Fernão era ameaçador com o corpo cabeludo, másculo, que contrastava com o corpinho sensível da moça que o via estimulando o pênis com a mão esquerda para que ele ficasse mais rígido e a jovem quase chorou de medo porque sabia que ele estava com uma expressão facial de luxúria
– Nunca viu um homem pelado antes?
Fernão sabia que não, aliás, era isso que mais gostava daquela mocinha donzela. Quando o pai de Manuela propôs casamento a primeira coisa que Fernão pensou era em como aquela jovem era inocente, de como seria bom ser o primeiro homem daquela aprendiz de mulher, ora, uma virgem é artigo raro no mercado de bordeis, pois virgem só havia conhecido algumas escravas.
– Tira a roupa.
Fernão ordenou e Manuela não soube o que fazer.
– Tira a roupa!
Fernão estava impaciente, o seu pau pulsava para ver aquela mocinha nua, latejava para possuí-la e ser o primeiro homem daquela que era sua esposa, uma menina encolhida na parede quase chorando de medo.
– Por favor…
Balbuciou Manuela tremendo ao ver que o caralho de Fernão crescia ainda mais enquanto ele o estimulava com a mão.
– Por favor, apague as luzes…
Fernão sorriu maliciosamente e parou de estimular o pênis. Andou em sua direção aproximando-se da esposa encolhida na parede que tremeu ao sentir o caralho encostando em sua barriga. O marido disse em seu ouvido:
– As luzes sempre estarão acesas, putinha, eu quero ver você sem roupa.
Manuela jamais poderia se imaginar tirando a camisola para aquele homem bruto, só de pensar nisso sentiu desgosto. Esperta tentou argumentar num sussurro:
– Na igreja ensinam que o marido não pode ver a esposa nua…
Fernão, impaciente com a indolência de Manuela, não a deixou terminar em seus argumentos. A prensou na parede de forma inesperada empurrado o caralho abaixo do umbigo da moça e depois entre as pernas que era protegida pela camisola. A mão de Fernão pressionava os quadris da moça fazendo com que ela quase gritasse por causa da dor que ele causava, afinal, em desejo apertava aqueles quadris sem se importar com o medo e a aflição da jovem.
– Está vendo aquela cama, putinha? Nela sou em quem mando, eu ordeno que a luz fique acesa, eu ordeno que você fique nua e não há um padre que diga o contrário, entendeu?
Fernão a soltou e se afastou para ver aquela jovenzinha chorando silenciosamente em medo. Nunca havia sido pega por um homem e nunca um caralho havia encostado em seu corpinho de menina inocente. Novamente ele ordenou para que ela tirasse a roupa, mas ela se negou pedindo clemência com os olhos.
– Vou te ensinar quem manda, sua putinha!
Fernão a pegou pelo braço quase o arrancando e rasgou sua camisola. Manuela chorava enquanto, com agressividade, Fernão arrancava aquele traje de seu corpo, logo a camisola que demorou tanto para ficar pronta e que era um símbolo de seu sonho de se casar com um príncipe.
Manuela estava nua e machucada com a agressividade. Fernão se afastou para vê-la despida tentando tapar os seus pequenos seios com os braços, chorando envergonhada. O marido se masturbou deslumbrando a noiva nua, muito assustada com o que iria acontecer. Será que ela suportaria a pressão de seu desejo?
– Deita!
Era uma ordem e Manuela não tinha como não obedecer. Deitou na cama chorando e sentindo um pavor desumano. Nem o alento do travesseiro pôde acalmar o seu coração angustiado. Ela já havia ouvido falar que o homem entrava dentro de suas pernas, mas não conseguia imaginar como o membro grande de Fernão conseguiria entrar por sua passagem. Por que ela estava passando por isso? Tudo o que queria era um marido amável com ela, mas o que estava prestes a receber era uma defloração que não passava de um dever conjugal.
Fernão pulou em cima dela com raiva, bruscamente se ajeitou em suas pernas e mirou o pênis em sua vagina para empurrar, empurrar, empurrar… Sem sucesso e com muito tesão cuspiu no pau e depois cuspiu na vagina da moça esfregando a saliva por seu buraquinho tão indefeso.
– Nunca conheceu homem, agora conhecerá macho!
Manuela fechou os olhos e Fernão novamente se ajeitou em suas pernas, mirou o caralho e empurrou com toda a força que tinha, para penetrá-la o mais fundo que pudesse… Um só golpe… Hímen rompido… Manuela deu um grito de dor e choro, pois o marido encostava-se ao seu útero sentindo a satisfação de deflorar aquela mocinha.
– Sinta o caralho, putinha, ele é todo seu!
Manuela não suportava a dor, queria sair dali, queria que aquele bruto abandonasse o seu corpo e a deixasse em paz, mas isso não iria acontecer. Fernão movimentou os quadris, tirando boa parte do pau para penetrá-la de novo com mais força ainda arrancando outro grito de dor e choro.
– Pode gritar, sua puta, pode gritar que eu vou foder como nunca fodi ninguém antes, sua potranca, sua putinha…
Fernão segurou os quadris da moça sem se importar com o que ela sentia, separou bem suas pernas e a penetrou novamente, para depois dar outra estocada e outra estocada, e outra estocada… Fernão fazia questão que o caralho entrasse o mais fundo possível e o corpo de Manuela era pequeno e pouco desenvolvido demais para suportar tamanha brutalidade, simplesmente o canal vaginal não aguentava o tamanho do pênis que pressionava o colo do útero obrigando Manuela a levantar a cintura a cada estocada numa inútil tentativa de evitar a dor que a atormentava.
– Toma, toma, toma, toma, toma, toma… Sua putinha virgem, nunca conheceu homem, hoje sabe o que é macho… Experimenta esse caralho, porra, buceta apertada… Toma, toma, toma, toma, toma, toma…
A cada estocada Manuela sofria e chorava. O sangue da virgindade escorria por suas pernas manchando o lençol. Cada vez que o caralho de Fernão a penetrava como uma espada, a jovem sentia a pressão em seu útero e os sonhos de um casamento de princesa se esvaindo com tamanha brutalidade. Porque aquele animal fazia isso com ela? Sim, era um animal se aliviando de suas necessidades, era um animal que a fodia cada vez com mais força sem se importar com seu choro de súplica. O pênis do marido pressionava o seu útero e ela esticava o tronco numa inútil tentativa de aliviar a dor, mas isso não melhorava o seu sofrimento.
– Toma, toma, toma, toma…
Fernão gostava de ofendê-la enquanto a piroca ficava ainda mais rígida dentro da pequena vagina esfolada que suportava os golpes que nunca imaginou ser alvo. Manuela sentia dor e humilhação como nunca antes enquanto sentia o peso do marido forçando o seu corpo e a sua passagem que não aguentava tanta pressão.
– Sua vagabunda, sua putinha, essa buceta é muito apertada, você é uma putinha virgem… Toma, toma, toma, toma pica, toma pica, toma pica…
Fernão gritava, urrava, gemia enquanto fodia aquela coitada que chorava no pranto da tristeza e da dor. Os escravos da casa ouviam a cama batendo, ouviam as ofensas e o choro da jovem, assim, eles se apiedavam daquela que era a recente dona da casa e a nova escrava de sexo do sinhô que sentia o pênis ainda mais duro e mais robusto enquanto penetrava a putinha que era a sua esposa.
Manoela quase desmaiou de dor quando o marido apertou seu peito com força e Fernão sentia o orgasmo aflorando, por isso a penetrava ainda com mais força enquanto a esposa chorava por cumprir a obrigação conjugal.
– Vou gozar, sua putinha, vou gozar, se prepara que vai transbordar, vou gozar, vou gozar, vou gozar… Ah! Ah! Ah!
A cada jato de porra Fernão sentia a satisfação de foder aquela pequena potranca, a cada jato ele a penetrava ainda mais forte demonstrando que exercia posse sobre ela, pois ela era a sua propriedade. Ejaculou dentro de sua vagina com satisfação, depois virou para o lado e sorriu com orgulho, pois havia sido o primeiro homem, o primeiro que havia enchido ela de porra e isso era imensurável.
Manuela estava dolorida, suja e desamparada. Mesmo aliviada pelo suplício ter terminado, a moça chorava tentando conter a dor em sua vagina e a humilhação pelas ofensas, além disso, tinha seu corpo exposto. Tentou puxar o lençol sujo de sangue para se tampar cobrindo o seu corpo, mas o marido não permitiu.
– Ainda não terminei de te foder, sua putinha, ainda tô cheio de tesão!
Inesperadamente ele pegou a mão da moça e a levou até o seu pênis que crescia, mas o susto foi tão grande que ela recolheu a mão e chorou em desespero. Fernão começou a se masturbar bruscamente aumentando ainda mais o caralho que endurecia e se preparou para penetrá-la novamente.
– Não!
Tentou suplicar Manuela, mas antes que ela pudesse proferir qualquer outra palavra, já estava sendo fodida novamente levantando o tronco na inútil tentativa de evitar que a glande bruscamente forçasse o colo do útero. Fernão a chamava de putinha e de potranca, chupava o seu pescoço com aquela barba pontiaguda e apertava o seu peito. Fernão a penetrava como se fosse o último sexo de sua vida e se satisfazia com o sofrimento, dela, e a cada estocada um urro de prazer…
– Toma, toma, toma, sua putinha, eu sou seu macho e é assim que macho fode as suas fêmeas… Toma pica, toma pica, toma pica, toma pica…
Fernão a penetrava sentindo o pênis ficando mais rígido e o gozo se aproximando de forma feroz. Ele urrava para casa inteira ouvir se orgulhando do pranto da jovem porque isso era a prova de sua macheza. O pênis fazia questão de ir o mais fundo que a anatomia pode permitir e mais rápido penetrava porque o orgasmo estava aflorando, até que o marido gritou:
– Vou gozar, putinha, estou gozando, ah, ah, estou gozando dentro de você sua potranca vagabunda, ah, ah, ah, ah…
Vários jatos de porra inundaram o útero de Manuela que chorava não suportado mais a brutalidade do recém marido. Fernão continuou em cima dela abandonando o seu corpo pesado sobre o corpinho alvo e sensível daquela que padecia. A moça que fora deflorada com crueldade.
– Esse é o melhor sexo da minha vida, nunca tive uma putinha tão pequena e tão branquinha, nunca senti uma buceta tão apertada… Agora você sabe quem manda nessa casa e quem manda nessa cama, vai me obedecer em tudo, noite por noite.
Manuela percebeu que ele dizia a verdade, pois ela era a esposa daquele sujeito cruel. Como mulher de Fernão deveria se deitar com ele toda a noite e passar por esse suplício todo o dia até dar um filho para ele, ora, essa era a sua vida agora. Nesses pensamentos a moça chorou ainda mais, não só de dor, mas de desespero por essa ser a sua vida a partir daquele momento.
Fernão abandonou o seu corpo e caiu ao seu lado com o pênis flácido que crescia enquanto ele o estimulava com a mão esquerda. O rosto dele, barbado, ainda demonstrava muita crueldade em seus olhos porque a luxúria de ver aquela jovenzinha marcada pelas suas mãos era demasiadamente excitante. Para a infelicidade de Manuela, ele a usou como alívio mais uma vez movendo os seus quadris querendo enfiar a piroca no mais profundo buraco que a moça poderia suportar. Por causa de ter ejaculado duas vezes, ele a penetrou mais demoradamente, sentindo cuidadosamente a piroca entrar e sair por muito tempo. O choro da moça já era silencioso quando ele ejaculou pela última vez naquela que tinha os seus sonhos destruídos ao ver o marido virar para o lado com um sorriso sacana de satisfação.
Logo mais, Fernão se levantou, pegou a bacia de penico e mijou abundantemente sentindo uma satisfação ínfima comparado a ejacular na esposinha que tinha em sua cama. Balançou a piroca, deitou na cama e dormiu sem se cobrir com o lençol. Manuela chorava, nunca havia sentido tanta dor e humilhação em sua vida. Conseguiu se cobrir com o lençol tentando acalmar a vagina totalmente esfolada e chorou silenciosamente por alguns minutos, até que tomou coragem para se levantar e se mirar no espelho, nua, sentindo pena de si mesmo.
Não havia dúvidas que ela já não era mais uma menina, sim uma mulher, pois quem a visse naquele momento perceberia ao longe que um macho havia passado em sua vida. Seus quadris eram marcados pela mão áspera de seu algoz, seu seio direito estava roxo, seu pescoço também e sua vagina inchada. O sangue e a porra escorriam por suas pernas. Essa noite de núpcias havia sido a pior que poderia imaginar, nem em seus maiores pesadelos, ela imaginou que iria passar por isso, logo ela, tão sensível e romântica havia sido transformada num objeto de prazer.
Quando voltou para a cama viu o marido dormindo, pelado, suado, com os pelos melados pelo esforço que havia feito. O pênis flácido ainda era ameaçador. O cheiro de homem se espalhava pelo quarto, era o cheiro de Fernão que fazia com que Manuela sentisse um ódio mortal do cônjuge, simplesmente queria que ele morresse.
.
.
CAPÍTULO II
A NOITE SEGUINTE
.
.
O dia havia amanhecido, mas Manuela ainda tinha um sonho inquieto, talvez, por causa da noite de núpcias que havia sido submetida. Logo mais a jovem acordou lentamente sentindo dor no seio, pois o marido o havia apertado diversas vezes sem se importar com suas lamúrias. A vagina estava inchada e dolorida. Ao se levantar da cama viu o sangue nos lençóis que eram testemunhas de como havia sido difícil perder a virgindade para o seu algoz.
Com dificuldade vestiu outra camisola – a anterior havia sido rasgada – e se cobriu com um robe. Desceu as escadas procurando a cozinha e se deparou com a escrava Josefa, que ao se deparar com sua nova sinhá não pôde não sentir outra coisa a não ser piedade.
– Eu fiz a mesa do café para a sinhá.
Josefa guiou sua nova sinhá até a mesa da sala de estar para lhe servir o desjejum. A escrava percebeu que a menina não conseguia andar direito, aliás, demonstrava dificuldade em cada passo. O rosto abatido da jovem, as marcas em seu pescoço e o ar inocente da menina fizeram que a velha tentasse consolá-la enquanto ela comia a boa refeição.
– Senhor Fernão te deixou descadeirada, minha fia, mas vosmecê vai acostumar com o jeito bruto dele.
Manuela percebia que a casa inteira deveria ter ouvido suas lamúrias da noite anterior e se constrangeu. Toda a fazenda devia estar comentando o seu choro de dor e desespero enquanto era usada por um recém marido descontrolado. Percebendo isso começou a chorar copiosamente.
– Por que meus pais me deram a esse homem?
Josefa já tinha certa experiência, mesmo sendo uma escrava ignorante conhecia as intenções do homem.
– Sinhô Fernão é rico…
– Ele me tratou como se fosse um bicho.
– As escravas novinha sofre o mesmo que vosmecê.
Manuela arregalou os olhos com essa informação, ora, o seu marido fazia o mesmo que fez com ela com as escravas da fazenda. Como havia sido rebaixada? Se recordou da noite anterior quando esticava a cintura tentando evitar que a cabeça do pau golpeasse o colo do útero, se recordou de como fora ofendida de putinha e vagabunda, se lembrou de como se sentiu suja quando ele abandonou o seu corpo sujo de sangue e esperma.
– Eu sabia que a noite de núpcias era difícil, mas nunca imaginei que seria assim, nunca imaginei que sofreria daquela forma. Por que os homens gostam de fazer aquilo se dói tanto?
Josefa sorriu.
– Nem sempre dói, sinhá, mas o sinhô Fernão é bruto mesmo, ele usa as muié como se fosse a última vez na vida. Quantas vezes ele usou a sinhá?
– Três vezes, mas nem quero me lembrar!
Manuela continuou chorando, pois se lembrou que havia crescido sonhando em se casar com um príncipe que a trataria com amor. Naquele momento percebia que estava casada com um animal que sentia prazer com o seu sofrimento, que a usava para aliviar uma necessidade fisiológica independentemente se ela sofria.
– Mas é bom se preparar, sinhá, hoje a noite sinhô Fernão vai querer se aliviar com a sinhá porque a sinhá é muito bonita e jovenzinha.
Manuela arregalou os olhos em desespero. Como havia esquecido que essa era a sua vida? Como havia se esquecido que a mãe dissera que esse era o seu dever conjugal? Só de imaginar Fernão usando o seu corpo outra vez, a jovem ficava sem ar por causa da angústia que nascia com essa hipótese.
– Ele não pode fazer aquilo comigo de novo, eu não vou aguentar!
– Sinhá, ele vai se aliviar em vosmecê quer queira ou não.
– Mas ele me machucou muito, estou dolorida, sabe, estou dolorida entre as pernas, parece que está inflamada, mal consigo andar, Josefa!
Josefa sentiu pena daquela mocinha que chorava. Realmente Fernão havia usado ela de forma muito agressiva. A escrava tinha ouvido a cama bater e os urros de prazer de seu senhor a noite inteira. Os gemidos de Manuela eram desolador e por causa disso mal conseguiu dormir. Imediatamente mandou um escravinho pegar umas ervas no quintal e voltou para sua sinhá que estava atemorizada.
– Vou fazer uma pasta dessas ervas pra sinhá passar na xereca, acho que vai meiorá até a noite. Vamos sinhá, é bom tomar banho antes…
Manuela se lavou ainda chorando e passou a pasta na vagina. Só ao tocar havia sentido uma ardência incômoda, mas que foi passando com o tempo, até sentindo um alívio que a acalmou. Talvez por pena Josefa a serviu o dia inteiro para que a sua sinhá se preparasse para a segunda noite que se aproximava.
Antes do anoitecer, Fernão já havia chegado em casa com o pau latejando porque passou o dia inteiro se lembrando de como havia sentido prazer em penetrar aquela potranquinha que tanto chorava. Nunca havia comido uma buceta tão apertada, ora, o seu próprio pau havia ficado dolorido depois de tanto fodê-la, mas ao contrário da dor de Manuela, essa lhe dava orgulho e satisfação.
Manuela quase deu um berro ao se deparar com o sujeito barbado. O marido ao vê-la foi em sua direção e lhe deu um beijo na testa e cochichou de forma sacana:
– Meu caralho está pulsando, putinha…
Manuela o olhou em súplica. A diferença de estatura entre os dois era muito grande, pois Fernão era alto e atarracado e a jovem baixinha e magrinha. Manuela sabia que ele poderia levantá-la com uma só mão e que ele havia usado toda a sua força e vigor para penetrá-la na noite anterior.
Josefa apareceu na sala para anunciar que a ceia estava pronta e Manuela, silenciosamente, se dirigiu a mesa que ficava em outro cômodo. Fernão estranhou algo na esposa e perguntou para a escrava:
– Porque ela anda parecendo uma pata?
Josefa respondeu quase sem temer a ira de seu senhor:
– Foi o sinhô que fez isso a jovenzinha, não sabe? A xereca dela estava em carne viva, tadinha, toda cheia de dor, mal consegue andar a sinhá… Por favor, sinhô Fernão, dá um tempo pra coitada, ela não vai aguentar outra noite assim.
Fernão sentiu orgulho, se sentiu um macho de verdade. Só um macho conseguiria foder uma mulher de tal forma que ela fique descadeirada. Enquanto jantava olhava para a jovenzinha com desejo e luxúria, o pau cada vez mais duro. O cabelo de Manuela não conseguia esconder o chupão que havia lhe dado na noite anterior, uma marca que afirmava a sua propriedade e posse. Aquela marca era uma escritura.
– Vamos subir!
Manuela hesitou por um breve momento tentando suplicar piedade:
– Por favor…
– É uma ordem! Quer que eu te leve a força, sua putinha?
Manuela se levantou quase chorando e seguiu até o quarto enquanto o marido ia atrás como se conduzisse uma égua. Os dois entraram no quarto e Fernão fechou a porta com a chave. O olhar dele era ardente, o volume em sua calça fazia com que a esposa se desesperasse, principalmente quando ele começou tirando a camisa demonstrando o corpo peludo, tão diferente ao dela.
– A escrava disse que sua buceta está doendo. Ela me pediu que eu lhe desse um tempo e eu vou te dar esse tempo, assim, sua xereca pode respirar.
Manuela sorriu, quase chorando em felicidade. Quem sabe se ela suportaria outra noite como aquela? Em todo o caso a moça percebeu que ainda não estava salva porque o marido pegou o caralho por cima da calça e depois a retirou ficando só de ceroula. O volume estava ainda maior.
– Eu não vou te foder, mas eu preciso me aliviar, pois estou o dia inteiro com tesão. Meus ovos chegam a doer!
Manuela não entendeu e o temor se aproximou do seu espírito novamente. O que estaria prestes a acontecer? Fernão tirou o caralho da ceroula a arrancando de vez ficando pelado e se masturbou mirando os olhos assustados da moça. Como se excitava com aquele jeitinho de mocinha indefesa, só aquela expressão de medo valia o casamento.
– Se ajoelha!
Era uma ordem que a jovem sabia que deveria obedecer, mas hesitou por causa do medo que a paralisava.
– Você ainda não entendeu que eu mando em você, sua putinha? Não entendeu que nesse quarto é melhor você me obedecer? Quer me contrariar? Ajoelha-se! Agora!
Resignada, Manuela se ajoelhou porque sabia que não tinha mais o que fazer. As lágrimas desciam lentamente por seu rosto enquanto Fernão se aproximava com o caralho em riste até ficar de frente para ela. O membro pulsava escorrendo uma babinha que a moça não soube explicar o que era.
– Beija ele,vamos, dá um beijo…
As lágrimas desciam da mesma forma que o coração batia em desespero. Manuela morria de medo daquele homem, ela temia até mesmo o tom de sua voz. Sussurrando a moça tentou balbuciar uma súplica.
– Por favor…
Fernão deu um sorriso sacana e se masturbou com a mão esquerda mais uma vez, pois era necessário deixar o caralho duro o suficiente para fazê-la entender quem mandava, quem era o macho naquela relação.
– Já ordenei você dar um beijo, se eu me irritar…
Antes que ele terminasse a fala, a moça deu um beijo em sua glande, só um beijinho com um estalo torcendo para que ele acabasse com o seu tormento. Fernão deu um sorriso sacana porque sabia que mostrava a ela quem dava as ordens.
– Isso, parabéns, mas o beijo que eu quero é diferente, vamos, abre a boca…
Ele encostou a glande em seus lábios e a jovem não teve outra saída a não ser abrir a boca para que boa parte do pau entrasse e se alojasse ali dentro. Manuela sentiu um gosto doce, provavelmente era a babinha que escorria. As lágrimas da moça desciam muito mais pela incerteza do que estava acontecendo do que pela dor que sentia na noite anterior.
Fernão mantinha a piroca dentro daquela boquinha sem se mover, só sentindo como o seu pau estava aquecido e protegido pela inocente que não entendia porque estava com a boca aberta. Aos poucos ele foi fazendo um vai e vem com os quadris sentindo um enorme prazer em ver o seu mastro naquela boquinha, talvez, só um quarto do pau estivesse protegido pelos lábios de Manoela e isso demonstrava como ele era o macho e ela a fêmea que deveria satisfazê-lo.
– Isso, putinha, continua com a boca bem aberta, não quero sentir seus dentes, entendeu? Boca bem aberta.
Manuela sentia o marido fazendo um vai e vem bem de leve, mas ela queria que isso terminasse logo. O maxilar da jovem já estava doendo e seus joelhos pediam para que a mesma levantasse, todavia, o medo de seu algoz fazia com que a mesma ficasse petrificada.
Fernão movia os quadris levemente, sentia a boca úmida de sua putinha e isso era glorioso para ele que há tempos não realizava um bom sexo oral. Em meio ao vai e vem, o pênis encostou na garganta de Manuela que tossiu brevemente, mas isso foi o suficiente para que ele sentisse a saliva da moça que lubrificou ainda mais o seu pau que ficou ainda mais rijo pronto para o abate.
O tesão foi tanto que ele nem pensou duas vezes:
– Isso, sua vagabunda, agora prende a respiração que eu vou tirar o cacete.
Foi só sentir Manuela prendendo a respiração que Fernão colocou suas mãos atrás de seu crânio e o empurrou com toda a força para mais próximo de si. Mais da metade do pau havia entrado. O marido se recusou a soltar a cabeça da jovem por alguns segundos, o prazer era muito grande para isso, até que a deixou livre.
Manuela tossia descontroladamente. As lágrimas desciam em abundância. O vômito chegou a ficar perto da garganta. Estava resignada a não fazer aquilo de novo, mas a cabeça da piroca já estava na sua face babando tesão.
– Abre a boca!
Ordenou o marido impacientemente, mas Manuela se recusou fazendo sinal de não com a cabeça.
– Abre a boca! Estou mandando, abra essa boca!
– Não! – gritou a moça desesperada em pranto – Por favor, eu não quero…
Fernão deu um tapa no rosto dela fazendo com que Manuela caísse com a cara no chão. A jovem chorava, mas Fernão não teve piedade, pois logo a levantou pelos cabelos e a fez ficar de joelhos de frente para o caralho, para logo forçá-lo contra aquela boquinha novamente, doesse a quem tivesse que doer.
Manuela sentiu a piroca entrar, assim, o marido forçou sua garganta de novo. A raiva de Fernão era tamanha que ele a pressionou por mais tempo enquanto forçava o pau até não poder mais. Acabou soltando a cabeça da menina que tossia descontroladamente e chorava. Fernão esperou que ela se acalmasse para de novo enfiar o pênis em sua boca, mas a jovem se recusou. Ele precisava gozar, estava com muito tesão e Manuela só dificultava as coisas. O homem, bruto, pegou o queixo da menina e disse de frente para ela quase cuspindo em sua cara:
– Você vai chupar, putinha, a vai, porque se não chupar eu te arranco desse chão e te levo para a cama. Vou te foder até não ter amanhã. Se sua buceta está machucada, saiba que amanhã você nem conseguirá andar, entendeu? É a boca ou a xereca, qual você prefere?
Chorando, não teve escolha. A vagina ainda estava muito dolorida, uma penetração seria a morte, portanto, resignada, abriu a boca e chupou aquele membro se sentindo suja por isso. Fernão, impaciente, segurou a cabeça dela e fodeu a boca como se fosse uma buceta.
– Toma, toma, toma, sente o gosto da piroca, toma, toma, toma até o talo…
Manuela sentia o pênis entrando e saindo de sua boca enquanto as lágrimas desciam pelos olhos. Novamente se perguntou por que o pai havia lhe dado para aquele bruto, porém, não pôde pensar muito tempo nisso porque o marido logo havia forçado a piroca num afogamento. Fernão mal esperou que ela parasse de tossir e penetrou a sua boca de novo para foder sentindo a linguinha embaixo de sua glande num vai e vem que fazia o prazer aumentar.
Manuela nunca soube a quantos afogamentos havia sido submetida, mas nunca se esqueceu do último quando o marido forçou o pau em sua garganta de forma desumana para urrar de prazer e posse.
– Estou gozando, estou gozando, putinha, engole tudo, engole essa porra, ah, ah, ah, engole, estou gozando, caralho!
Fernão havia sentido um, dois, três… dez jatos de esperma grosso e viscoso descendo pela garganta da esposa que demorou alguns minutos para se recompor, pois tossia e tentava evitar um vômito. Fernão se orgulhava de seu feito e continuou se masturbando para tirar as últimas gotas de porra, assim, percebendo que ainda saia um pouco do líquido, não pensou duas vezes em pegar o cabelo de Manuela para limpar o caralho e terminar o seu feito.
– Hoje eu fui bom pra você, putinha, pois eu passei o dia te querendo foder e arregaçar sua buceta, mas me apiedei ao te ver andando como uma pata. Se não fosse a minha bondade ia ficar sem andar a semana inteira.
Logo mais pegou a bacia do penico em baixo da cama e mijou abundantemente terminado de se aliviar. Mijar depois de foder era como um cigarro após o sexo. Fernão sentia orgulho, um macho, por ter uma mulher a quem poderia fazer o que quisesse e enquanto balançava a pica, observava Manuela deitada no chão com a mão na garganta, humilhada e chorando como outrora.
Como estava com sono ele foi dormir, pelado, como a noite anterior. O sorriso que ostentava demonstrava que o início do sono estava prazeroso. Manuela se levantou lentamente, viu o marido a luz das velas e sentiu o cheiro de macho. Como o odiava? Sim, era ódio que sentia, um ódio tão grande que precisava sair dali o mais rápido possível, assim, buscou nas calças dele a chave do quarto e saiu pelo corredor quase correndo em meio a escuridão.
Ao entrar na cozinha, foi beber um copo d’água, pois precisava tirar aquele gosto da boca. De repente, apareceu Josefa que estava preocupada com o seu estado. A face da moça estava marcada pelo tapa. O ocorrido não deveria ter sido bom.
– Eu não ouvi os seus gritos, sinhá, ele foi cuidadoso?
Manuela começou a chorar inconformada com o seu destino.
– Não, Josefa, ele é um monstro, um monstro!
.
.
CAPÍTULO III
TORMENTO E CONFISSÃO
.
.
Poucos dias se passaram…
O circo dos horrores continuou e Manuela teve que aprender a conviver com a dor que a acompanhava toda a noite, aliás, com os dias que se passaram quase não chorava enquanto Fernão urrava em cima dela a chamando de putinha. O quadril do marido forçava a pequena vulva da esposinha que se desesperava para que aquilo acabasse logo, todavia, aquele homem parecia ter mais tesão a cada dia e o sexo sempre se tornava mais demorado.
– Toma pica, sua puta, toma pica, toma pica…
Manuela não chorava porque considerava que não deveria dar essa vitória ao seu algoz, mas não conseguia não evitar os gemidos de dor e desespero que ele gostava de infringi-la. O pênis de Fernão era cumprido demais para o canal vaginal da esposa e ele não se importava, aliás, até gostava de penetrá-la mais fundo que podia.
O que importava para ele se a esposa inutilmente esticava o tronco para tentar evitar a dor? O que importava se a machucava? Era assim que tinha aprendido o que era o sexo, não deveria importar o prazer da mulher e sim apenas o seu… Quando a fodia como um animal estava aliviando toda a tensão que acumulava ao dia com seu trabalho na fazenda e nas negociações das sacas de café e escravos.
Fernão era um homem sádico que via o sexo como uma necessidade, ora, simplesmente tinha que esvaziar o esperma dentro dele, e se tinha que fazer isso que fosse da forma que lhe desse o maior prazer, logo, a penetrava ainda mais forte sentindo um prazer imensurável por ouvir seus gemidos de dor e numa ideia súbita parou com as estocadas, se levantou da cama, pegou a esposa bruscamente como se fosse uma pluma para levá-la nos braços até a cômoda onde a pôs de bruços como se estivesse jogando um saco de batatas.
Fechou bem as suas perninhas, mirou a piroca na bucetinha e a penetrou com todo vigor com uma estocada, depois outra estocada, depois outra e depois outra… Até que as lágrimas da esposa começaram a descer quando os pés deixaram de se manterem no chão e a pressão na vagina insuportável.
– Buceta apertada, toma, toma, está sendo fodida de quatro, como um animal, toma, toma, toma, toma…
O sádico deu um tapa na bunda da jovenzinha enquanto a penetrava com força, assim, as estocadas se tornaram tão cruéis que os gemidos de Manuela foram ouvidos por toda a fazenda que sabia que não era prazer. Manuela chorava quando as estocadas se tornaram mais rápidas e o gozo anunciado:
– Vou gozar, vou gozar, vou gozar, ah, ah, ah…
Incontáveis jatos de porra inundaram o útero da mocinha que já era uma mulher sofrida desde a noite de núpcias. Fernão abandonou o seu corpo, coçou o saco, viu a esposa tentando se recompor da brutalidade e deu um sorriso sacana. Coçando o queixo, concluiu que já era bom parar, haja vista que o próprio caralho doía depois de tanto foder. Manuela enxugou as lágrimas com a mão e constrangida buscou a camisola que havia deixado na poltrona, pois o marido fazia questão que ela estivesse nua antes do coito para se masturbar diante da sua figura.
Enquanto Fernão mijava, ela vestia a camisola e se deitava na cama. Enquanto ele balançava a pica, a moça suspendia os lençóis percebendo que os braços doíam porque havia sido jogada com muita força na cômoda, mas nada superava os seios roxos e a vagina inchada. Por fim, o marido apagou a vela, deitou na cama pelado sem se cobrir e dormiu sem dar boa noite, como se isso fizesse alguma diferença para a triste Manuela que esperou os primeiros roncos para abrir a porta com a chave e encontrar Josefa no corredor.
As duas já haviam combinado que a escrava a encontraria logo após o coito para que a escrava medicasse o emplastro de ervas milagrosas nas partes machucadas, principalmente na vagina que sofria desde que havia se casado. Manuela já não sentia vergonha da escrava e ficava nua diante dela no quarto ao lado enquanto Josefa tratava tanta agressão.
– Até quanto tempo vou passar por isso?
Perguntou a pobre moça que chorava e a escrava piedosa respondeu:
– Até quando a sinhá não tiver prenha.
Manuela arregalou os olhos e esperou que a escrava explicasse.
– Sinhô Fernão quer um filho, a primeira muié morreu depois anos de casamento, era seca a coitada. Quando a sinhá tiver prenha ele não vai se aliviar mais com a sinhá para não machucar o filho.
Manuela ficou ainda mais triste porque ela não queria ter um filho daquele homem que tanto odiava, aliás, achava que seria capaz de odiar o feto tanto quanto o pai, não, a gravidez não poderia ser uma salvação. Só havia uma coisa a fazer, era simplesmente pedir ajuda aos pais, pedir socorro esperando que eles a ajudassem, dessa forma, logo que amanheceu pediu a Fernão uma carruagem para visitar a sua casa, assim, o sujeito barbado consentiu sem não antes a virar de bruços, pôr dois travesseiros abaixo de seu ventre e penetrá-la para aliviar o tesão matinal.
Uma, duas, três, quatro, cinco… Manuela contava as estocadas enquanto uma lágrima descia pelo seu rosto… Dezessete, dezoito, dezenove, vinte… Como a época era de colheita, o cruel marido não pôde se demorar, assim, o gozo aflorava e a contagem da jovem se tornou sofrida e agonizante.
– Ah, putinha, vou gozar, vou gozar…
Ele sussurrava o anúncio de seu orgasmo até que ejaculou abundantemente no seu útero. Abandonou o corpinho da mulher, pegou o penico, mijou, balançou a pica e foi se banhar, porém, quem se sentia suja era Manuela que chorou de tristeza, pois seu corpo era usado como um objeto que havia suportado trinta e cinco estocadas de um caralho que só causava mágoa e rancor.
Não havia tempo para pensar nessas coisas. Manuela, ao ver o marido partir tomou banho que foi preparado por Josefa, se vestiu adequadamente para ir à rua e seguiu até a carruagem que seria guiada por um dos capatazes de Fernão, assim, ao bater na porta da antiga casa se deparou com a mãe que não entendia sua visita.
– Não é bom que uma mulher recém casada venha visitar a família antes de uma semana das núpcias, as pessoas podem comentar que está infeliz.
Como a mãe era rude com a filha, como era insensível a sua expressão de desespero e as marcas nos seus braços, todavia, é bom recordar que foi assim que a mãe de Manuela havia sido criada, sem amor e amparo, vendida como noiva e obrigada a dar filhos ao marido que a enojava.
– Mas eu estou infeliz, mamãe, aquele homem é um monstro, ele mal me dirige a palavra e só aparece em casa a noite para se deitar…
– Não fale essas coisas! Eu sou sua mãe, não posso saber da sua vida conjugal, ora, quem pensa que é? Uma puta!
Manuela tentava demonstrar o quanto estava precisada de ajuda, mas a sua mãe era impassível e simplesmente não se importava com suas lamúrias.
– Mas ele me machuca, olha os meus braços…
Friamente aquela senhora respondeu:
– É o direito dele e as mulheres que se casam deveriam saber disso.
Manuela percebeu que não teria ajuda da família e nem amigas a quem pudesse confiar os seus tormentos. Chorava copiosamente ao sair de sua antiga casa para pedir ao capataz que a levasse a igreja, pois ela precisava de amparo em sua mágoa que só fazia crescer.
Ao entrar no recanto religioso, se ajoelhou e pediu aos céus um amparo, uma alegria nessa sua vida de mulher casada atormentada pelos anseios sexuais do marido. Como chorava, o velho padre da paróquia foi em sua direção perguntar se acontecia algo, mas ela se envergonhou em dizer.
– Ora, minha jovem, saiba que uma boa conversa poderá aliviar o seu sofrimento e aflição, talvez porque não em confissão?
Manuela concordou porque de fato tinha pecados a confessar e sabia que dentro do sacramento a sua vida de casada nunca seria divulgada ao público.
– Preciso me confessar, padre! – disse em soluços.
O velho ponderou por alguns instantes e considerou que uma confissão demoraria mais tempo que o necessário e havia uma extrema unção marcada para alguns minutos, assim, ele argumentou outro jeito não tão diferente.
– Minha filha, já quase não tenho ouvidos para uma confissão, mas talvez o padre que tenha chegado há pouco tempo nessa igreja possa te ajudar, ele tem a juventude da paciência e a alma de um anjo de candura.
Manuela não pôde dizer nem uma palavra, pois o velho foi logo chamar o outro padre que apareceu com a face assustada, haja vista que era a primeira confissão que faria como sacerdote. A jovem mirou o padrezinho também jovem e achou que ele seria um bom confessor, dessa forma, aceitou ser levada até ao confessionário onde deveria narrar os seus pecados, porém, ela nada conseguiu dizer.
– O que te aflige, moça?
Perguntou o padrezinho a incentivando e com coragem ela respondeu em sussurro quase inaudível:
– O meu marido, padre, eu o odeio com todas as minhas forças, desejo que ele morra com o mesmo ou mais sofrimento que ele me infringe toda a noite.
– Que sofrimento um marido pode infringir a uma esposa, ele te bate?
– Não, pior…
Constrangida não conseguiu responder e o padre muito jovem, ansioso com a primeira confissão, insistiu para que ela falasse.
– O que poderia ser pior?
– O sexo, – ela chorou constrangida – o sexo com meu marido é muito difícil, chega a ser agonizante, ora, na primeira noite eu não sabia o que fazer, estava desesperada, mas ele não se importou e arrancou a minha camisola que eu tinha preparado especialmente para aquele momento, ele a rasgou, depois me obrigou a me deitar e pulou em cima de mim como um animal enfiando aquele troço dentro de mim me fazendo chorar de dor e eu chorei a noite inteira, padre, porque o meu marido me usou como um bicho várias vezes se saciando e me usando para o pecado, pois um dia me obrigou a botar na boca aquela coisa abominável e a forçou contra a minha garganta sem se importar se eu sofria.
O padre não soube o que dizer, estava sem palavras por causa dos dizeres da moça que chorava ao narrar a sua vida matrimonial. De alguma forma queria consolá-la, mas o que poderia dizer? Enquanto ele estava nesse devaneio, Manuela continuava a contar os seus infortúnios.
– Ele gosta de me machucar no sexo. Tão bruto e insensível eu chego a ter marcas no corpo, principalmente nos seios. Entende porque quero que ele morra?
Nunca imaginou o padrezinho que a primeira confissão que ouviria seria relacionado ao leito conjugal de um casal e involuntariamente os seus testículos doeram em demasia à medida que Manuela narrava as suas histórias, com isso, se limitou a ouvi-la terminar os seus relatos.
– Eu não quero me deitar com ele, mas eu sei que o senhor vai dizer que eu sou obrigada a cumprir os meus deveres conjugais quer queira ou não…
O padre a interrompeu de súbito:
-Não! Não! A senhora não é obrigada a nada, ora, se a senhora tem a obrigação conjugal de se deitar com o seu marido, ele tem outra obrigação que é tratá-la com respeito. Saiba que a raiva que sente é natural porque ao ser tratada assim é comum ter raiva e ódio, porém isso não e saudável ao seu espírito, então, por que não tenta conversar com ele? Dizendo que não gosta da forma que as coisas acontecem o seu marido pode ser mais cuidadoso.
Manuela sorriu num deboche desolador.
– Não entendeu que para Fernão a minha opinião não importa? Ele sabe que eu não gosto, mas faz exatamente porque eu não gosto. Ele é louco!
O pênis do padre já estava rijo e ele se lamentou por isso porque era uma luta deixar os seus anseios sexuais de lado e pensar apenas na vida sacerdotal. Como queria terminar aquela confissão, o jovem padrezinho disse as únicas palavras que poderiam consolá-la:
– A senhora merecia coisa melhor, vou rezar para o seu marido, assim, quem sabe a sua alma terá o perdão dos céus… Quanto a senhora não vejo pecado nenhum, apenas aconselho que ore para seu marido tanto quanto eu…
Manuela precisava desse consolo e sorriu em agradecimento, nem mesmo as grades do confessionário foram capazes de tampar aquele sorriso deslumbrante como o sol. A sofrida esposa do senhor Fernão já não tinha lágrimas quando voltava para a casa, mas o padrezinho tinha muito que chorar enquanto, nu, amarrava o cilício (instrumento de pontas cortantes) na coxa para, assim, acabar com aquela ereção.
.
.
CAPÍTULO IV
CILÍCIO E DESEJO
.
.
Aquele era o padre Coutinho, jovenzinho que foi enviado ao seminário quando era nada menos que um impúbere, dessa forma, ouvia desde criança que masturbação era pecado mortal e que quem realizava essa prática iria certamente ao inferno… O tempo passou e ao chegar ao início da adolescência percebia que o membro dava sinais de vida, percebia que ele crescia e tinha que escondê-lo de todos para não ser castigado. O que era isso em seu pênis? O sinal que ele se transformava em um homem e nem as lamúrias das rezas poderiam evitar o chamado da natureza, quando, pela primeira vez, tocou a punheta que fez sentir a ejaculação com um uivo de alívio e prazer inacreditável… O primeiro jato fez a passagem de um menino em homem.
Como aquilo poderia ser pecado se mais parecia uma necessidade com a qual não conseguiria viver sem? Ao dizer isso ao seu confessor ficou sabendo que o primeiro passo para chegar ao inferno já havia sido dado. Mas como evitar o chamado da natureza? Se auto-flagelando! O cilício na coxa era mais que o suficiente para evitar aquela maldita ereção que fazia questão de aparecer e padre Coutinho sofreu a desilusão de perceber que todo o seu esforço estava perdido.
Antes de Manuela chegar àquela paróquia, ele já tinha conseguido ficar dez dias sem ejacular, dez gloriosos dias que demonstrou aos céus a sua devoção para o início da vida sacerdotal, todavia, enquanto amarrava o cilício percebeu que seu rosto estava rubro, seus olhos loucos e o pênis uma rocha… De súbito arrancou aquele instrumento abominável e bateu uma brusca punheta no seu quartinho, em pé, enquanto quase morria de culpa e pedia perdão aos céus.
Coutinho pensava o quanto o marido de Manuela não aproveitava a sorte, pois tendo na cama aquela preciosidade só fazia maltratá-la, ora, se fosse aquele marido a trataria como rainha e faria questão que ela sentisse o mesmo prazer que ele… O padre evitava gritar a cada jorro de porra amarela e viscosa… Sempre após a masturbação sentia remorso, por isso amarrava o cilício ainda mais forte e se confessava, entretanto, já era padre e confessor, logo, isso não podia fazer.
A vergonha de dizer a outro padre que havia tocado uma punheta, logo após ouvir o sacramento da confissão de uma jovem atormentada pelo marido, era demasiadamente humilhante. Quando sentiu o sangre descendo a sua coxa percebia que cilício já era castigo mais que suficiente para o seu pecado e, além disso, não pretenderia cair na masturbação novamente, só que Manuela havia retornado dois dias depois contando o que padecia.
– Quero meu marido morto, padre, eu chego a sonhar que eu o mato!
O padrezinho sabia que estava em confissão, mas os ovos já latejavam porque sabia que ela contaria os detalhes mórbidos da vida conjugal, ora, Manuela havia se sentindo tão bem se confessando com alguém que a compreendia que logo narrava os seus anseios mais profundos e as tormentas que Fernão gostava de infringi-la.
– Eu sei que o sexo é para a procriação e que fazê-lo sem esse intuito é pecado mortal, mas ontem quando ele se aliviava em mim sem se importar o quanto eu chorava de desespero, aquele homem me soltou e jorrou aquele líquido nojento no meu rosto e limpou o seu membro nos meus cabelos. Ele comete pecados na cama e me leva junto com ele me obrigando a fazer coisas que eu me apavoro só em pensar.
A ereção do padrezinho retornou e nem o cilício foi capaz de evitar o tamanho de tanta luxúria. O padre apenas queria que aquela confissão terminasse e não pensou duas vezes em incentivar que ela fosse embora, bruscamente:
– Já não te disse que você não comete pecado algum? Não tem culpa do que o seu marido lhe infringe e não tem motivos para vir aqui!
A grosseria foi tanta que Manuela começou a chorar e como a igreja se encontrava vazia o eco dos lamentos daquela moça se espalharam por todo o recinto fazendo com que Coutinho sentisse ainda mais culpa do que a própria masturbação. Como poderia fazer aquela dama chorar? Ele saiu do confessionário, urgentemente, e foi ampará-la dizendo que não podia fraquejar, pois ela deveria continuar valente em seus desafios, até porque o errado era o marido insensível.
– A senhora merece coisa muito melhor, muito melhor que esse marido que a machuca e não lhe dá o seu devido valor.
O padre lhe deu um beijo no rosto e depois outro beijo até que sem querer lábios por lábios quase se tocaram. Manuela que precisava tanto de carinho retribuiu outro beijo, dessa vez na boca, um beijo suave e molhado, um beijo resplandecente que a fez subir aos céus, um beijo que fez suas lagrimas de desespero se tornarem alegrias sem fim porque as mãos do Coutinho eram macias como as flores do campo e o seu hálito tão agradável quanto o hortelã.
– É pecado!
Exclamou o padre assustado mirando se tinha alguém em volta, mas não, estavam a sós diante do altar que mirava mais um motivo para ambos irem ao inferno. Manuela ofegava e não conseguia definir o que sentia, só que havia tido uma sensação que não conhecia. Um mistério até então.
– Meu marido nunca me beijou, na boca, ele faz as maiores atrocidades comigo, mas nunca me beijou na boca!
Coutinho percebeu o quanto ela estava rubra e não soube o que fazer. Manuela estava envergonhada, envergonhada de ter beijado um padre, envergonhada por sentir um líquido quente descendo suas coxas, envergonhada da face assustada de um homem que parecia ter menos experiências que ela… Apenas saiu aquela jovem mulher da igreja querendo compreender a si mesma e o mundo ao seu redor, assim, voltou a sua casa encontrando a escrava Josefa que não entendia porque a sua sinhá estava tão vermelha.
Enquanto o fim de tarde se aproximava da hora que Fernão chegava ao lar, a senhorinha da casa perguntou a escrava que servia a mesa:
– Josefa, você me disse uma vez que o sexo não precisa ser sofrido, não é?
A escrava estranhou a pergunta por que Manuela sofria muito todas as noites, ao ponto de seu pranto ser ouvido até na senzala fazendo com que os escravos se compadecem de sua sinhá. O que teria mudado para que ela fizesse essa pergunta? Com esse questionamento a escrava respondeu:
– Não, sinhá, quando os home usa as muié, as muié costuma gosta porque é assim a natureza. O proprema é o sinhô Fernão que não se preocupa com isso, ele é bruto e gosta de fazê as muié sofrer.
Josefa tinha razão porque naquela noite, enquanto aguardava no corredor com o emplastro para sua ama, ouvia o seu suplício e os urros de Fernão que parecia querer quebrar a cama. Não havia dúvidas que Manuela era uma guerreira e muito admirada pelos escravos, até mesmo porque após a presença dela na fazenda, o sinhô tinha deixado de estuprar as escravinhas, assim, começou a deixá-las em paz. Quem sofria era Manuela que não conseguia evitar o choro de desespero enquanto o marido movimentava os quadris invadindo a sua vulva sem o menor sentimento.
– Toma, sinta o caralho, putinha, toma, toma, toma… Ah, sua bucetinha está a cada dia mais apertada, toma, toma, toma…
Manuela não se acostumava à dor e nem ao suor de Fernão pingando em seu corpo, por isso chorava mesmo sabendo que seus gemidos chorosos eram um troféu para o marido que a penetrava com o máximo de força que tinha. A cada estocada uma lágrima descia, a cada ofensa ela se recordava do suave beijo do padre Coutinho, ele sim era um homem de verdade, um macho que saberia tratar uma mulher sensível como ela.
– Toma, toma, toma, potranca, aguenta, aguenta que essa é a sua obrigação, sua cadela, sua obrigação de mulher, toma, toma, toma, toma…
O pênis de Fernão era o seu castigo divino, o seu carma inevitável. A mocinha sabia que nada podia fazer para se livrar das mãos ásperas de seu marido que a penetrava rudemente e não se importava com a sua mágoa e por isso o seu único consolo era o beijo com hálito de hortelã.
Fernão se orgulhava da sua macheza em perceber que a esposinha padecia em baixo dele, se orgulhava de ser o homem que era e, assim, a cada estocada demonstrava que a esposinha nada era para ele a não ser um objeto de prazer. As estocadas se tornaram mais rápidas e cruéis até que o gozo foi anunciado:
– Vou gozar, vou gozar, vou gozar dentro de você sua puta, ah, ah, ah…
Manuela sentiu o líquido quente dentro dela, depois respirou aliviada, pois o marido tinha abandonado o seu corpo para mijar. No ritual macabro da vida conjugal isso significava o fim da tortura. Fernão balançava a piroca meia bomba para limpar a urina demonstrando a jovenzinha que aquela era a sua vida e sua obrigação era servi-lo, não havia o que fazer.
Quando o monstro dormia, a jovenzinha colocou a camisola e saiu ao corredor à procura da escrava que morria de pena daquela que novamente mal conseguia andar. Manuela estava destruída, abatida, cheirava a macho e o pior era o sangue que descia por suas vestes que fez com que Josefa desse um gritinho de susto.
– Foi o sinhô Fernão que fez isso?
Manuela não entendeu, mas ao se mirar abaixo percebeu que sangrava pela vagina e deu um sorriso de satisfação, pois era mais uma alegria para esse dia.
– Não, Josefa, foi a natureza anunciando que não estou grávida!
Jamais teria um filho daquele homem, jamais olharia para uma criança e se recordaria da violência a que era submetida todo o santo dia, pois Fernão poderia ter a satisfação de fodê-la todas as noites, mas nunca teria a alegria de um primogênito.
.
.
CAPÍTULO V
RISOS DE VINGANÇA
.
.
Manuela imaginava que a menstruação seria um alívio para suas obrigações conjugais, tanto que Josefa viu a sinhá andando pela casa todo o dia com ar sorridente, inclusive a ajudou a preparar o almoço junto com as outras escravinhas, todavia, a velha escrava tinha experiência suficiente para saber que talvez o destino da jovem fosse pior do que imaginava… Enquanto a senhorinha fazia o bordado no início da tarde, quase cantando em alegria, a escrava não pôde não evitar em alertá-la:
– Sinhô Fernão sente um desejo de macho precisado da sinhá, ele não vai se preocupa que sua regra caiu.
Manuela arregalou os olhos. Como ele poderia querer manter sexo com ela naquele estado? A mocinha em sua inocência de mulher recém-casada achava que isso era impossível. Abandonou o bordado, pois a angústia tinha voltado para a sua vida e a noite de tormenta se aproximava.
– Todos os dias esse homem abominável quer se deitar comigo! Todos os dias ele me faz chorar de desespero! Todos os dias!
Manuela já não tinha lágrimas de tristeza, sim o rancor do ódio, tanto ódio que pegou o bordado e o desfez em violência. Quase uma louca, pegou um vaso de cristal e o jogou longe assustando Josefa que viu em sua sinhá um olhar sanguinário, ora, uma semana atrás havia entrado naquela casa uma menina assustada e amedrontada com a noite de núpcias, porém, aquele momento a velha escrava via uma outra mulher, feita, destinada a dar um fim ao seu suplício.
– Vou me negar, veementemente, vou me negar!
Josefa sabia que não tinha jeito de convencê-la do contrário, porém a velha sabia que Fernão jamais aceitaria não como resposta. A sabedoria da escrava era grande o suficiente para saber que não deveria afrontar o senhor daquela casa e Manuela também sabia disso, mas, de repente havia tomado coragem para enfrentá-lo.
O dia estava mais cumprido do que o esperado e chegou a notícia naquela casa que um dos feitores da fazenda havia sido encontrado morto, absolutamente pelado com um pedaço de pau no ânus e sem os testículos. Manuela havia dado um berrinho de susto ao saber da notícia e o susto aumentou ao observar o sorriso de satisfação da escrava Josefa que de súbito ficou radiante, ora, a senhora da casa sabia que os feitores eram maus aos escravos, mas era o dever de todos sentir piedade porque a morte daquele homem havia sido humilhante.
Manuela comentou isso com a escrava e a escrava respondeu:
– O feitor estruprou uma escravinha, estruprou tanto que a matou, mia fia, e essa é a pena que os escravos dão ao estrupro, a pena da justiça.
Manuela havia ficado horrorizada com a notícia e tinha muito mais que ficar horrorizada porque começou a ouvir as chibatas e os gritos de um homem sendo castigado. Desde que havia chegado à fazenda, a jovenzinha nunca havia ouvido um castigo, talvez, porque os feitores acharam bom que a nova mulher do senhor Fernão tivesse uma boa impressão daquele lugar.
Manuela já sabia que os escravos sofriam tanto quanto ela que de alguma forma também era escrava, e quem sabe a que mais padecia em suas mãos.
Fernão era um dono cruel para todos os cativos da fazenda, inclusive tinha vendido o filho de Josefa quando era um bebezinho e a escrava nunca mais teve notícias da criança. Naquele dia ele demonstrou toda a sua crueldade proibindo que todos os negros da fazenda recebessem comida e dobrou as horas de trabalho para o dia seguinte, mas, a sua maior crueldade se deu em casa…
Fernão havia entrado na residência tarde da noite cheio de tesão, ora, era sempre assim, quanto maior o problema que enfrentava, maior era o alívio que queria descontar na cama e depois de passar o dia inteiro querendo descobrir um assassino torturando escravos, achava merecedor de esvaziar o saco com a esposinha.
Quando viu a mocinha na sala com os cabelos soltos, tão indefesa quanto uma cabrita pro abate, não pôde não resistir a pegá-la pela cintura e encochá-la como um cavalo faz com sua égua. Manuela deu um grito de desespero e se desprendeu de suas garras de homem cruel e desumano.
– Eu não posso!
Fernão achava engraçada aquela putinha tentando evitar o inevitável. O volume em suas calças aumentou ainda mais, até mesmo porque passou o dia pensando em fodê-la, pois o que sentia por Manuela era um vício, uma necessidade que só ela e nenhuma outra mulher poderia satisfazer.
– Eu estou naqueles dias, você não pode se deitar comigo naqueles dias!
Manuela estava resignada a evitar que a piroca de Fernão entrasse dentro dela, estava disposta a lutar se fosse necessário, mas Fernão não tinha essa intenção quando, mesmo na sala, tirou a camisa demonstrando o peito peludo e suado de quem passou o dia fora de casa sem um banho descente.
Por baixo da barba um riso sacana, por baixo da calça um caralho em chamas. Manuela não podia acreditar como aquele homem era cruel, se é que podia chamá-lo de homem e não um bicho que desabotoou a calça e tirou um pênis duro como uma rocha, pronto para ser aliviado como um touro reprodutor.
– Você vai me chupar!
– Por favor…
– Vai me chupar todo o dia que estiver sangrando, para aprender que tem que esperar um filho nesse útero, vai levar porra todos os dias para aprender que não pode ficar menstruada, entendeu?
Manuela não acreditava nessas palavras, mas não pôde dizer mais nada porque havia um caralho em sua boca forçando a garganta de forma monstruosa. Fernão a manteve assim por trinta longos segundos, até que a soltou e a mocinha pôde tossir para voltar ao normal, porém já estava o pau de novo querendo foder a sua boca.
O tesão de Fernão era tão grande que nem esperou ir para o quarto, na sala mesmo fodia a boquinha da moça que lacrimejava por cumprir aquela obrigação conjugal, aliás, as escravas na cozinha ouviam a tosse de sua ama e os gemidos do seu dono que realmente aliviava os problemas que teve naquele dia.
– Isso, arranha, agora lambe a cabecinha, isso!
Pegando os cabelos de sua esposa com a mão esquerda, ele guiava como queria sem se importar se a jovenzinha se engasgava com o caralho gigante e enriquecido a tal ponto que deixava o maxilar dolorido. Tirava e botava, tirava e botava, tirava e botava, depois forçava em sua garganta, esperava que parasse de tossir, enfiava o caralho de novo, tudo num ciclo que parecia não terminar tão cedo.
Manuela já não tinha forças para lutar, apenas deixava a boca aberta enquanto o monstro fodia a sua boca e quando ele forçava, ela chorava esperando que ele parasse, mas Fernão parecia querer fazer aquilo perdurar até não poder mais….
Fernão anunciou o orgasmo, tirou o pênis da sua boca, se masturbou e ejaculou como nunca antes em seu rosto. Manuela até tentava fugir, mas o pênis do marido era uma espingarda com o miro certeiro naquele rostinho magnífico, mas parecido com uma boneca de porcelana, branca por causa do esperma.
O senhor daquela casa viu a sinhazinha molhada de porra e limpou o próprio pênis em seus cabelos terminando, assim, de se aliviar de um dia de problemas. Humilhada e caída no chão, Manuela via Fernão em pé diante dela todo suado, com o pau meia bomba e com o sorriso sacana que ela odiava.
– Seu eu soubesse que ganhar a sorte de seu pai na mesa do boteco do Juca era tão recompensador, teria feito muito antes.
Apesar de ter passado dos quarenta anos e ter fodido várias mulheres em sua vida, Manuela era a que mais havia lhe dado prazer. A visão dela humilhada no chão suja de porra não tinha preço, por isso coçou o saco, balançou a pica para tirar o restante de porra e foi embora, nu, para o seu quarto deixando suas roupas no chão.
A escrava Josefa foi ajudar a sua senhora lavando o seu rosto e a ajudando a pôr uma roupa limpa. Quando lavava os cabelos da mocinha percebia que o seu olhar era gélido e terrível, um olhar de mulher rancorosa e vingativa, uma olhar de alguém que seria capaz de qualquer coisa para ver o inimigo perecer.
O escravo, suposto assassino, continuou no tronco no dia seguinte, espancado e sem comida. Manuela, como sentia dó, se aproveitou que o marido havia saído e chamou todos os feitores para a casa grande inventando uma desculpa, dizendo, assim, que na noite anterior tinha ouvido alguém andando pelo jardim, talvez, um invasor.
Enquanto conversava com os feitores, o escravo era alimentado e bebia água. Manuela ficou contente por fazer uma boa ação, mas não foi recompensada pela vida porque naquela noite começou mais uma seção de tortura em que foi obrigada a beber esperma do marido, mas no dia seguinte havia ordenado Josefa separar os mantimentos da casa para fazer uma boa e grande feijoada que seria servida a todos os escravos que estavam proibidos de comer a dois dias, porém a noite ela era castigada sentindo o caralho de Fernão em uma garganta profunda…
Os dias se passaram assim, até que no domingo Manuela quis ir à missa e Josefa a acompanhou. Até era religiosa, mas depois de tanto sofrimento, apenas queria ter o prazer de ver o padre Coutinho e sentir o prazer de recordar aquele beijo doce e suave que ambos compartilharam… No fim da missa, o padrezinho ficava na porta da igreja para cumprimentar os fies que beijavam a sua mão e quando chegou a vez da senhora Fernão, o rapaz não soube o que dizer porque a maldita ereção havia voltado.
Manuela percebeu o desconforto do padre e deu um sorriso, sedutor, para logo mais beijar a sua mão da forma mais demorada possível, logo aquela mão que há dias era a responsável pelas sofridas ejaculações do padrezinho que por ela se masturbava para logo depois amarrar o silício para se castigar.
Josefa não pôde não perceber um envolvimento estranho entre os dois e principalmente não pôde não estranhar o comportamento de Manuela que após quase duas semanas de um casamento desastroso se portava como mulher atraente e sedutora. Quando voltavam para a casa na carruagem guiada pelo cocheiro, a senhora da casa cochichou aos ouvidos da escrava com um sorriso maior que o mundo:
– Minha vingança está começando!
Manuela riu, riu como nunca antes na vida porque esse riso era frio, mais gelado que seu coração que um dia havia sonhado em se casar com um príncipe. Naquela mesma noite, havia tido a boca fudida e a garganta inundada por esperma, mas no dia seguinte as regras haviam lhe abandonado e estava pronta para o que viesse.
Pediu para que Josefa a ajudasse vestir um dos vestidos mais belos que tinha, depois havia pedido ao capataz que preparasse os cavalos para a carruagem. Fernão era possessivo, mas deixava que ela fosse a igreja, um lugar muito seguro para uma mulher casada e honrada, apropriado para Manuela que entrava naquele lugar com passos lentos enquanto mais uma missa era realizada, mas dessa vez pelo padre velho.
Manuela procurou o padrezinho com ar inocente, o padrezinho com cabelos claros e cacheados como um anjo e com a pele tão alva quanto os anjos, mas não o encontrou. Não pensou duas vezes em sair pela lateral da igreja e seguir para os fundos, onde sabia que ficava os quartinhos dos padres e lá ela viu uma porta fechada, só podia ser aquele o local, o local daquele jovenzinho que amava.
Corajosa, abriu a porta e entrou na casa dos padres se deparando com uma sala vazia, ora, talvez Coutinho nem estivesse lá, mas a determinação daquela mulher era tamanha que entrou pelo corredor. O coração batia em nervosismo e cada passo parecia uma eternidade, mas estava confiante quando se deparou com uma porta entreaberta, assim, cuidadosamente, espiou e surpresa quase gritou.
A coxa esquerda do padrezinho sangrava machucada com os furos que o cilício lhe infligira, mas o mais surpreendente era que ele estava em pé, de costas para ela, se masturbando de forma rápida, se masturbando e se culpando por aquele pecado abominável que cometia, se masturbando e se recordando de Manuela que abriu a porta completamente para sussurrar com olhos brilhando de excitação:
– Já viu uma mulher nua, padre?
Coutinho tomou um susto e se virou para ver aquela mocinha soltando os cabelos com ar de luxúria e olhos faiscantes. Achou que fosse uma miragem, um sonho o qual era submetido e continuou com a mão esquerda no pau enquanto lentamente Manuela tirava o vestido ficando apenas com os trajes de baixo.
Como isso estava acontecendo? Logo com ele que se auto-flagelava para não cometer um pecado mortal, logo ele que lutava tanto para se purificar, logo ele que pedia perdão aos céus por causa de uma punheta… Nada disso importava enquanto Manuela tirava o resto de sua roupa mostrando os seios tão belos quanto inocentes; nada disso importava quando ela tirava as calçolas mostrando a vagina que o padre assustado via pela primeira vez, sem imaginar o que fazer.
Manuela já imaginava que ele era virgem e sorria por encontrar alguém tão inexperiente quanto ela nas artes do amor. Sábia fechou a porta e a trancou com chave. Impulsiva aproveitou que os olhos azuis do padre estavam brilhando de excitação para cuidadosamente pegar as mãos dele e levá-las aos seus seios. Como a mão daquele homenzinho era macia, como ele a apertava cuidadosamente fechando os olhos para sentir uma maciez que fez com que se sentisse nas nuvens.
– Eu, eu, não sei o que fazer…
Disse ele para Manuela que deu um sorriso de felicidade, assim, cuidadosamente ela lhe deu um beijo que foi retribuído, um beijo tão doce e encantador que fez com que a sua vagina ficasse úmida, apesar de que nem ela sabia direito o que significava, mas o mais surpreendente foram as línguas que se encontravam de forma tão prazerosa que Coutinho pegou a cintura de sua amada e a levou mais perto de si e o beijo durou bons minutos… Algo muito precioso, pois era a primeira vez que sentiam aquilo.
Manuela começou a beijar os peitos do padrezinho e continuou beijando o seu peito descendo lentamente até a sua cintura abaixo do umbigo, até ficar de frente ao pênis tão diferente ao que estava acostumada, ora, o caralho de Fernão era escuro e monstruoso, mas o pau de Coutinho era claro e afetuoso, tão afetuoso que ela sentiu prazer em colocar na boca.
O padre deu um gemido, estava com os olhos esbugalhados à medida que a lingüinha da moça deslizava pela sua piroca. Tentava evitar um grunhido enquanto ela forçava o membro em sua garganta e fazia um vai e vem que para ele era alívio que nunca imaginava existir e enquanto chupava o membro, Manuela, deslumbrava aquele momento de prazer, pois sua vagina estava encharcada, o que a impulsionou a parar de chupá-lo para dar vários beijinhos em sua perna machucada por causa do cilício.
De repente, a moça se levantou e mirou o padre de olhar assustado. Percebeu que o pau já estava bem duro com uma babinha que ela já estava habituada e obviamente aquele rapaz não agüentaria muito tempo de prazer. Exatamente por isso, Manuela deu uma ordem, uma ordem a que há tempos tinha ouvido:
– Deita!
O olhar de Manuela queimava e o corpo do padre tremia quando havia deitado na caminha simples de quem não ostenta. O jovem estava ali deitado com o pau em riste sem imaginar o que estava por vir, afinal, era virgem e inexperiente, um virgem que passou toda a adolescência negando a sexualidade, um virgem que ofegava enquanto uma mocinha subia em cima dele, na cama, para dar um beijo molhado no bico de seu peito que ficava tão enrijecido quanto o membro de baixo.
– Agora você vai saber o que é mulher!
Disse Manuela de forma dominadora enquanto pegou a piroca do rapaz para encaixá-lo na xereca, assim, depois de encaixar ela deu a primeira estocada que fez o padre gemer, pois foi a primeira estocada que de fato o tornou homem.
Manuela sentia algo que não conhecia, afinal, estava molhada e excitada, por isso, em cima daquele rapaz, levantou o tronco e depois abaixou novamente, assim, tirou um pouco do pau para colocá-lo de volta e depois outra estocada, depois outra, depois outra, depois outra… A mocinha estava em cima do padre, os seus seios balançavam na face de Coutinho, assim, ele não resistiu e os chupou enquanto ela, gemendo feito uma louca, pulava em cima de um homem que se descobria, de fato, homem.
Então isso era sexo? Manuela não conseguia se controlar enquanto pulava naquele homem que conhecia os prazeres que uma mulher podia ofertar… Manuela pulava se sentindo pela primeira vez uma mulher que dominava a própria vida, pulava naquele homem sentindo um prazer inacreditável e por isso gemia:
– Chupa o meu peito, meu homem, meu macho, sinta a sua mulher em cima de você, sinta o que é sexo, essa é a sua obrigação de homem, entendeu? Sua obrigação de homem é me fazer mulher…
Coutinho sentia a dádiva de ter uma mulher pulando em cima dele, sentia a dádiva que era ter dois peitos macios em seu rosto e isso foi o suficiente que ele começasse a gemer, a gemer como homem que se tornava e sentir vários jatos de porra quente percorrendo todo o seu corpo para invadir aquela mulher que o fazia feliz.
Manuela, dando um sorriso sacana de mulher fatal, abandonou o corpo do rapazola e deitou ao seu lado orgulhosa de seu feito, mas ainda não tinha se saciado e por isso, subitamente, pegou a mão do rapaz e o guiou a sua vagina. Como o padrezinho era inexperiente, não sabia o que fazer, mas Manuela tacitamente havia dado uma ordem, assim, ele começou a deslizar o dedo por aquela racha, deslizava para cima e para baixo, até que chegando um pouco mais acima, um gemido havia dado.
Aquele era o ponto que deveria estimular, concluiu, e estimulou de forma suave ouvindo os gemidos de Manuela e o gemido dela era o canto dos anjos… A necessidade de dar prazer àquela mulher era tão grande que em impulso desceu a sua vagina e começou a chupar, principalmente naquele ponto que ela tanto gostava, assim, o padrezinho inexperiente chupava uma buceta pela primeira vem em sua vida, até que Manuela começasse a anunciar o início de um orgasmo:
– Meu corpo, ah, meu corpo, meu corpo…
Percebendo que o resultado era positivo para o prazer, o padre Coutinho continuou chupando aquela racha até que Manuela desse o seu primeiro grito de mulher, um primeiro orgasmo que perdurou enquanto ele a chupava, um orgasmo que parecia não acabar, um orgasmo tão forte que obrigou Manuela a tampar a boca com a mão para evitar que toda a paróquia ouvisse os seus suplícios de prazer, um orgasmo tão forte que a cama do padre havia ficado molhada por tanta excitação.
Manuela dava uma risada fria, uma risada fria e gélida enquanto o padrezinho voltava a colocar o cilício na coxa para se penitenciar de joelhos enquanto chorava de arrependimento, temendo o inferno, pois o impulso de fazer sexo com aquela mulher foi muito forte, mas a consciência o levava para o caminho oposto…
Sem se importar, Manuela ria, ria deitada nua naquela cama… Os risos continuaram um bom tempo porque se lembrava que Fernão era corno, ria porque ele se achava um macho, mas era um coitado que nunca havia sido capaz de dar prazer a uma mulher, ria porque o destino de seu marido seria terrível… A vingança de Manuela ainda não havia terminado.

logo logo a segunda parte!

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(0 Votos)
Loading...