Anne & Melissa – 002 – O Sacrifício Na Noite Chuvosa

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Era tarde da noite quando despertei minha irmã Mel, ela me encarou sem entender, afinal, não era comum eu lhe acordar quando nossos pais estava em casa.

“Preciso te mostrar o quanto te amo pequena, para que nunca esqueça o quanto sinto por você” minha voz soou baixa, como um suspiro abraçado pela escuridão daquele quarto que tanto havia nos escutado gemer.

Minha irmã entendeu o que eu disse de uma forma diferente, fechando os olhos, me beijando nos lábios.

Eu ri, segurando sua face delicada, infantil, lambendo sua língua com carinho e cuidado, por fim, no término do longo beijo, a levantei, e retirei suas vestes, agradeci a Deus por estar viva ante tal presença.

Vendo minha irmã nua, com seu sexo pequeno, sem pelos, avermelhado, pois, enquanto nos beijávamos introduzi dois de meus dedos em seu corpo perfeito, não resisti, retirando minhas vestes, andando nua pela casa, meus seios, em muito grandes para minha idade, balançavam conforme andávamos pelo corredor em direção ao quarto dos nossos pais.

Sim, o sacrifício seria preparado, ou melhor, estava preparado, como meus pais chegaram tarde, pois costumavam fazer plantões exaustivos num hospital local, ambos dormiam profundamente.

“Que vamos fazer irmãzinha” a questão de Mel, comigo invadindo o quarto de nossos pais, não despertou o casal, aliás, eles não despertariam tão cedo.

Meu professor, que omitirei o nome, me ajudou nesse plano, depois eu teria de retribuir, contudo, o plano era perfeito, seria uma sacrifício digno do amor que sinto por minha irmã, no futuro, quando lhe disserem ser errado nosso amor, irei lhe lembrar dessa noite, dessa abençoada madrugada.

Carregamos meu pai, que havia bebido muito Rivotril, junto de minha mãe, no que misturei no suco que lhes servi assim que ambos chegaram no apartamento.

“Onde vamos levar o papai” questionou Melissa, comigo lhe dando um selinho, em cima da cama de nossos pais.

“Até a janela meu amor” os olhos da minha irmã piscaram, e algumas lágrimas escorreram.

“Não” disse a menininha soltando o peso do homem, que quase caiu da cama, nesse instante reparei no Rivotril ao lado da cama dos meus pais.

Se eu tivesse visto esse remédio aqui, teria me poupado muito trabalho, em seguida imaginei algo ruim, se errei na quantidade que servi aos dois, e eles, sem saber que estavam sob efeito de remédios, beberam mais, talvez ambos…

Morressem…

Não!

Seria impossível, repeti para mim mesma, com minha irmã chorando em cima da cama, um choro de soluços que ganhava, pouco a pouco, contornos dramáticos.

Dei um tapa forte no rosto da minha irmã.

Lhe disse “Quieta, e me obedece, sou sua irmã mais velha, você me deve obediência, essa é uma prova de amor, faço por você, sois a razão desse ato, tome responsabilidade” elevei a voz.

As lágrimas, no rosto da menina me ajudando a levar o corpo de nosso pai até a janela, continuaram caindo até que, com esforço, conseguimos erguer o corpo do homem além da grade de proteção, que era baixa, diga-se de passagem, subindo no banco da varanda nosso trabalho fora facilitado.

“Eu sacrifico essa alma ao Deus todo poderoso, senhor dos exércitos, Reis dos Reis, e nosso salvador, que tal vida permita que minha vida seja unida à vida de minha irmã como uma só, para todo o sempre, nos case Deus pai, amém” sorri observando a face da minha irmã, agora, também minha esposa.

A noite escura, e chuvosa, afastava o movimento da rua, as luzes, dos prédios próximos, pareciam vagalumes, acendendo, e apagando, por fim, a voz de minha irmã, cativada pelo meu amor disse “Amém”, e nós, num movimento unido, jogamos o corpo que se tornara o cadáver na calçada.

Bebemos um pouco de Rivotril, e voltamos para as nossas camas, fora um crime perfeito, um sacrifício perfeito.

Demoramos para despertar, nossa mãe chorava muito, demorara ao todo uma semana para podermos voltar a assistir televisão, a notícia da tragédia fora a seguinte “Homem dopa esposa, duas filhas, e comete suicídio” não havia como eu ser descoberta, fora realmente uma bênção de Deus!

Preocupada com nosso estado, nossa mãe resolveu se mudar, voltamos para o condomínio dos pais dela, não para a mesma casa, para uma casa próxima, o lugar era maravilhoso, com uma floresta próxima, acessível do fundo do nosso quintal, e um lago em frente, não muito grande, contudo, profundo o bastante para algum acidente planejado…

No que estou pensando?

Algumas vezes eu não conseguia parar de sorrir, entretanto, minha irmã havia ganho um semblante diferente, quando andava, quando eu lhe beijava, quando eu lhe tocava, quando ela me lambia, sempre a mesma expressão permanecia em seu rosto, um misto de espanto, e infantilidade, não lembro de ter escutado sua voz outra vez, bem como, não lembro de tê-la escutado falar com outras pessoas, o que era bom, eu não queria ninguém falando com o meu amor.

“Você é minha” eu repetia sempre que podia, para minha irmã, como se fosse um segredo de nós duas, e de Deus, nosso senhor e salvador.

Nesse tempo, por um mês, tudo fora paraíso, porém, um anúncio inesperado, na nova escola, tornara tudo estranho novamente, havia um professor novo naquele lugar, o que não faria diferença, claro, se o tal professor não fosse meu antigo professor, o homem que me ajudou no plano mestre…

Eu tinha que pensar, tinha que conseguir encontrar uma forma de afastar aquele homem de uma vez por todas…

Continua…

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