out 29 2017
República dos Sonhos
O herói de nossa história tinha um nome curioso, Cândido, um jovenzinho que estava feliz porque havia conseguido passar no vestibular de uma importante faculdade no interior de Minas Gerais. Era a realização de um sonho que exigia muitos sacrifícios para um rapaz que havia acabado de completar dezessete anos e ainda era almejado pelos ares da inocência religiosa influenciada por seus pais que demonizavam tudo relacionado ao sexo, até a masturbação era proibida ao pobre rapaz que se punia pedindo perdão aos céus cada vez que cometia a pratica que se tornava impossível não realizar, ora, como era inocente, como não estava preparado para ser emancipado e morar para tão longe numa república… Não havia opção! O sonho dele era estudar e almejar futuros prodigiosos e assim chegou naquela cidade minúscula e cheia de estudantes que gozavam a juventude.
O pobre rapaz ficou encantado ao ver tantos jovens naquelas ruas de paralelepípedos em meio às casas coloniais e os morros e montanhas verdes que fazia lembrar o paraíso. Parecia que todos eram felizes! A república era uma casa grande em meio a tantas outras com porta de madeira azul e janelas da mesma cor, o recinto era feito de madeira nobre e esse seria o lar de Cândido que descobria novas aventuras ao ser bem recebido pelo dono do estabelecimento que o levou ao quarto que teria que dividir com outro estudante um pouco mais velho, pois já estava no período final de medicina, assim, o pobre inocente entrou naquele quarto e a bagunça não chamou a sua atenção, sim o cheiro que estava no ar, um cheiro forte que fazia com que a curiosidade de Candinho dilatasse porque era um cheiro que o fazia ficar arrepiado, quase o levava aos céus, que estranho, não sabia explicar, apenas ficou sozinho deslumbrando como o quarto era espaçoso, ora, seus pais deveriam ter pagado caro porque havia até um banheiro, quem diria!
Como era o quarto? Havia duas camas de madeira, cada uma num canto para que no centro fosse ostentado um tapete e uma cômoda diante da janela, onde se podiam ver alguns barzinhos que eram frequentados pelos estudantes. O quarto precisava de uma limpeza e o pequeno guarda-roupa (eram dois) precisava ser arejado para sair o mofo… O banheiro era minúsculo e estava imundo. O responsável pela limpeza dos quartos eram os próprios estudantes e o seu parceiro não deveria ser muito educado, pois havia roupa suja jogada num pequeno baú onde nosso herói encontrou uma cueca, estranho, nunca havia tido tanta intimidade com outra pessoa e aquele traje de roupa parecia ser tão íntimo que dilatou a sua curiosidade ao ponto de tocar o tecido e sentir um arrepio que nunca havia sido descoberto por tão inocente criatura.
O banheiro era muito apertado, mas havia uma pia protegida por uma cômoda de madeira cheia de gavetas onde eram guardados os materiais de limpeza e as toalhas de banho, todavia, o que mais impressionou o nosso herói foi algo que não conhecia, algo que não conseguiu identificar na pequena lixeira, algo que despertou a sua curiosidade ao ponto de enfiar a mão e buscar uma camisinha com esperma volumoso, provavelmente de pouco tempo, uma simples camisinha que havia conseguido arrepiar o nosso inocente rapaz.
Era um local que havia sido realizado sexo! Um quarto em que duas pessoas haviam praticado algo que seus pais tanto abominavam e alertaram que era uma passagem ao inferno. Que lugar era esse que despertava uma curiosidade insana no pobre rapaz ao ponto de suas faces se tornarem rubras quase a queimar? Um barulho… Porta se abrindo… Cândido jogou a camisinha de volta na lixeira e tentou fantasiar normalidade para o colega de quarto que havia acabado de chegar, seu nome era Gustavo.
Gustavo já sabia que o novo colega chegaria nesse dia, pois as matrículas obrigatoriamente deveriam ser realizadas no dia seguinte, por isso, foi logo o cumprimentando com um aperto de mão forte que impressionou o nosso inocente herói que ainda estava impressionado e constrangido com a camisinha encontrada no banheiro. Como poderia agir normalmente se havia acabado de tocar em algo que havia guarnecido a sua intimidade? O sexo realmente era um tabu, ao ponto do pobre coitado não conseguir falar.
Gustavo interpretou o seu silêncio como timidez e como era um homem muito carismático foi logo contando a sua vida, pois estava no último período de medicina e jogava basquete nos jogos estudantis, mas o melhor eram as gostosas daquela cidade que pareciam querer dar para qualquer homem que passasse, pois era impossível ficar uma festa sem receber pelo menos um boquete. Que linguajar! O inocente herói sabia que os pais iriam ficar horrorizados com essa conversa, até mesmo porque o seu colega de quarto contava as histórias sexuais que tinha tanto orgulho em proferir afirmando que ontem mesmo havia comido uma gostosa de bucetinha apertadinha, difícil penetrar e por isso mesmo teve que arrombar, ah, ela gemeu feito uma cadela enquanto era esfolada, mas elas sempre reclamavam que ele metia com muita força, que seu pênis era muito grande, sabe como é mulher: Fresca e cheia de mi, mi, mi…
O jovenzinho ficava impressionado como Gustavo era forte, pois malhava muito desde jovem e sempre havia praticado esportes, inclusive a canoagem que teve que abandonar para cursar medicina, mas ao menos havia se realizado no basquete e garantido algumas medalhas que orgulhosamente mostrou ostentando suas vitórias. Cândido até proferia algumas palavras, mas não conseguia agir de forma carismática equivalente ao seu novo amigo, afinal, o cheiro daquele ambiente mexia com suas emoções, era um cheiro forte que o fazia ficar arrepiado e voar para muito longe enquanto aquele homem cheio de virilidade narrava as suas aventuras no esporte e suas conquistas com as mulheres daquela cidade.
– Vou arrumar o quarto…
Gustavo disse para chamar atenção do jovem que estava absorto em seus pensamentos, assim, explicou que realmente havia relaxado porque estava estagiando o dia inteiro no hospital e que fazia mais de um mês que estava sozinho, portanto, acabou deixando de arrumar o local, mas que iria recompensar o incômodo o levando a festa na república feminina que tinham muitas gostosas, tanto que na última festa ele havia comido uma piranha no banheiro a debruçando na pia e metendo por trás, puxando o cabelo, porque é assim que vagabunda gosta de ser fodida e ele fodeu com tanta força que a camisinha estourou… O jovenzinho continuou ouvindo essas histórias, até que o colega disse que tinha um encontro para aquela noite, por isso, precisava tomar banho, assim, aquele homem enorme foi logo buscando uma roupa limpa em seu guarda-roupa e também uma toalha de banho, ora, o nosso inocente nem poderia imaginar que o novo amigo iria tirar a camisa, abaixar a bermuda e arriar a cueca para que fosse mostrado uma piroca imponente, até poderia estar flácida, mas era grossa e cheia de veias em volta de pelos pubianos maravilhosamente aparados.
O corpo de Gustavo era másculo com sua pele bronzeada, seus ombros largos, seu abdômen malhado, seu peito com poucos pelos, pernas longas, pernas grossas de quem joga bola, mas o melhor era o pênis coberto por um prepúcio que parecia esconder uma grande preciosidade. Como ele agia com naturalidade? Simplesmente pegou as roupas jogadas (havia muitas) andando de um lado para o outro com a benga balançando para que jogassem todas elas no cesto de roupa suja e se trancasse no banheiro. Enquanto ouvia o barulho de chuveiro, nosso herói se dirigiu até a janela para sentir os ventos que poderiam acalmar suas faces rubras porque finalmente havia descoberto o que era aquele cheiro que tanto o arrepiava e fazia sobrevoar pensamentos longínquos, ora, era o cheiro de homem que exalava em todos os cantos daquele quarto, era o cheiro de macheza que fazia com que quase babasse ao ver um homem pelado pela primeira vez em sua vida.
Parecia que estava no paraíso, acabado de usar uma droga que o fez ter espasmos de prazer com a visão daquela piroca imponente e cheia de veias. Como era uma visão bonita digna dos deuses! O banho terminou e Gustavo retornou em volta da toalha na cintura para que logo a tirasse ostentando um pênis vultuoso que voltava a ser guardado numa cueca fazendo um volume respeitoso porque a pica de seu colega era de fato muito grande. Cândido disfarçou, mas vislumbrou o seu colega vestindo a roupa para depois tirar as camisinhas de uma gaveta e colocar no bolso. Não demorou em ir embora e o jovenzinho concluísse que ele havia se dirigido a encontrar uma mocinha com quem pudesse praticar sexo, ora, por que isso o excitava?
O pobre inocente ainda estava absorto naquele cheiro de homem, porém, de súbito, percebeu que era uma sensação terrível que o iria levar ao inferno, era um arrepio que deveria ser evitado a todo custo. O que seus pais religiosos iriam pensar desses desejos? O que sua família iria dizer? Não pensou duas vezes em pegar os materiais de limpeza e espalhá-lo por todo o quarto, onde pudesse se livrar desses desejos que nasciam como o inferno dentro de uma cândida alma, assim, quem sabe o seu espírito também não se tornasse límpido sem desejos escuros que nasciam…
Cândido limpou o quarto e o banheiro disposto a retirar aquele cheiro de homem, disposto a abandonar a visão daquele pênis, mas era impossível, o cheiro e o desejo já estavam impregnados em seu ser e nada poderia dissipá-lo porque apenas exalavam a verdadeira essência daquele jovem rapaz que se recusava a todo custo a aceitar quem realmente era e mesmo com tanto esforço acabou encontrou uma cueca usada para que acabasse cheirando como se usasse uma droga ilícita que o fez delirar em prazer.
Os dias se passaram e o jovenzinho descobriu que os homens não têm receio em falar de sexo e muito menos em trocar de roupa na frente dos outros. Mesmo ocupado com os estudos, o pobre coitado ficava extasiado com a conversa dos rapazes daquela república cheia de transas e luxúrias, mas o que mais impressionava é que alguns coçavam o saco como reafirmando a sua virilidade. Quem tinha esse costume era Gustavo que já era grande amigo de Cândido que não tinha mais vergonha de estar ao seu lado, assim, o jovenzinho concluiu que seu colega sofria de alguma patologia, pois ele vivia falando em sexo, muito o praticava, necessitava foder todos os dias e quando ficava apenas um dia sem o coito parecia que ia morrer em excitação ao ponto de parecer um animal olhando para a bunda das mulheres até conseguir uma que aceitasse satisfazê-lo, não era difícil, pois aquele estudante de medicina era o macho alfa, aquele que fazia com que as fêmeas o cercassem doidas para serem fodidas por um pênis de vinte e dois centímetros que estocava como uma britadeira.
Nosso inocente herói sabia que o seu colega de quarto era dotado porque ele dormia de cueca e sempre de manhã estava de pau duro por causa da excitação matinal que alimentava o seu sono. Isso era uma maravilhosa surpresa ao virgenzinho que negava a todo o custo a sua sexualidade, mas via aquele volume como se fosse uma obra de arte. Parecia um sonho vê-lo pelado todo o dia trocando de roupa, mas o sonho se tornava pesadelo quando se recordava que essas emoções eram pecaminosas.
– Você tem vergonha de trocar de roupa na frente dos outros? Isso é coisa de viadinho, meu irmão!
Gustavo estava brincando, mas dizia a verdade, o jovenzinho jamais teria a coragem de mostrar o corpo para ele, muito porque, a inocente criatura se sentia envergonhada, ora, não era sarado como ele, muito pelo contrário, se sentia infinitamente inferior e diminuído diante daquele homem que todo o dia tinha que ser saciado por uma fêmea diferente e narrava como as comia contado que elas reclamavam de suas pirocadas, mas as putas sempre voltavam porque ele era muito bom naquilo que fazia, ora, se orgulhava do macho reprodutor que era!
Nosso pequeno rapazinho sonhava com ele todas as noites, até mesmo porque o seu cheiro impregnava o ambiente como uma droga que era impossível ser apreciada… Os dias se passaram… Em determinado fim de semana, o jovenzinho ficou até tarde estudando na biblioteca porque uma prova se aproximava, assim, estudou tanto que teve que ser expulso pela bibliotecária já tarde da noite para que Candinho pudesse voltar para casa em meios às ruas de paralelepípedos, sozinho, até que alguém chamasse a sua atenção.
Quem era?
Simplesmente alguns colegas da república que pediam ajuda para levar Gustavo de volta para casa porque ele estava bêbado tirando a roupa em cima da mesa, assim, os amigos o levaram para o seu quartinho, lhe deram um banho gelado e o colocaram na cama pelado o deixando sozinho com a inocente criatura que mirava hipnotizado aquele corpo enorme a mostra, inclusive a piroca flácida que estava cheia de veias, ora, devem imaginar a emoção de Cândido tendo essa visão sem conseguir controlar o impulso em tocá-lo com cuidado, em sentir os seus ovos se impressionando como eram grandes e pesados, em sentir aquela carne macia para baixar o prepúcio e ver a glande roxa e imponente… Culpa… Imediatamente, o pobre rapaz apaixonado buscou uma coberta no guarda-roupa e o cobriu para que fosse ao banheiro chorar de remorso, mas mesmo assim se deliciando com o cheiro de macho que estava rondando aquele quarto porque aquele homem exalava a sexo e o nosso herói queria, em desejo platônico, ser a sua vítima.
Cândido não se aceitava, não conseguia suportar a ideia que o cheiro de macho que maravilhosamente empesteava aquele quarto o pudesse excitar, não, o que seus pais diriam? O que os seus amigos da igreja iriam pensar? Precisava negar a todo custo, entretanto, lá estava Gustavo acordando com a piroca dura feita uma rocha por dentro da cueca que parecia que ia rasgar tão grande era o membro do colega.
O jovenzinho inocente espiava, mas sempre conseguia disfarçar ao ponto de Gustavo nunca ter percebido o encantamento platônico de seu amigo, muito pelo contrário, imaginava que ele tinha horror a pederastia porque ele era religioso ao ponto de ler passagens bíblicas todas às manhãs e exatamente por isso o considerava hétero, ora, se tinha vergonha de trocar de roupa era por causa da sua criação religiosa, se não tocava em assuntos sexuais era por causa da igreja e se não pegava ninguém era para se guardar a uma mulher especial, todavia, o nosso herói lia as passagens para se curar daquele vício abominável que o levaria ao inferno.
Tempos depois…
Era uma manhã de agosto e os dois teriam um dia cheio por causa da faculdade, mas Gustavo sentia um formigar no seu membro em meio à excitação matutina, ora, já fazia dois dias que não transava por pura má sorte do destino, por isso, para aliviar toda aquela tensão que se acumulava buscou o celular e se dirigiu ao banheiro afirmando que ira tomar banho deixando o nosso inocente herói sozinho a ler suas passagens que de súbito se tornaram maçante. O que ele faria no banheiro com o celular? Por que havia levado o fone de ouvido? Essa inquietação tomou conta do jovenzinho que não conseguiu se controlar em meio às batidas fortes do coração e os tremores de quem se sente indo ao paraíso e em meio a essa emoção ele se levantou e se dirigiu lentamente a porta para tocá-la como se estivesse tocando o súbito prazer. Quase se emocionando o rapazinho se agachou para mirar pela fechadura um macho moreno e forte com a mão no pênis se aliviando como todo o homem tem o costume.
A mão direita segurava o celular e a mão esquerda a base do pênis que babava, ora, aquele homem segurava com vigor enquanto se aliviava vendo uma putinha sendo fodida de lado com a perna mais aberta o possível, uma visão que para ele era o paraíso, todavia, o que levava Candinho aos céus era a piroca tão grossa que era difícil fechar uma palma a sua volta, tão cumprida em vinte e dois centímetros de carnes e veias que poderia assustar qualquer um que a deslumbrasse, ora, o coração daquele virgenzinho batia freneticamente vendo como o macho se masturbava, como sua mão subia e descia com vontade, como seu corpo inconscientemente era acometido por espasmos que o faziam tremer, como sua barriga definida se movia, como seus testículos se comportavam com a movimentação, como o membro ficava a cada momento mais duro ao ponto de emergir um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove jatos de esperma branco e volumoso que o fizeram morder os lábios para controlar os grunhidos de um prazer exalado por sua expressão facial de alívio como se todos os problemas do mundo o abandonassem.
Gustavo havia acabado de ejacular em abundância e ainda estava sentado no vaso sanitário de pernas abertas impregnado pelo recente alívio e também frustração porque, para ele, um homem de vinte e quatro anos, a masturbação era constrangedora, ora, ele deveria era estar comendo uma buceta, isso sim é atitude do homem que sentia orgulho em ser, aliás, desde muito cedo havia trocado a punheta pelas bucetas que davam um prazer infinitamente maior.
Gustavo foi tomar banho e a fechadura não tinha visão ao chuveiro.
A nossa cândida criatura se levantou tremendo com as faces rubras de emoção e desejo, era difícil acreditar, mas os poucos minutos que se passaram havia sido o melhor de toda a sua vida, não, de toda a sua existência, afinal, a visão de Gustavo esvaziando os testículos era uma benção dos deuses e sua expressão de prazer e alívio controlando os grunhidos era encantadoramente excitante. O jovenzinho percebeu que o seu admirador havia esquecido a cueca no chão e sem nem pensar a colocou no rosto para cheirar sentindo um êxtase tão forte que seria capaz de chegar aos céus como se voasse pelas nuvens que com toda a certeza teriam cheiro de homem, o cheiro de macho que impregnava aquele quarto, porém, imediatamente se lembrou de seus pais religiosos e de toda a sua crença que o incentivou a largar aquela roupa íntima, afinal, deveria negar a todo o custo, deveria rejeitar com todas as forças ao ponto de pegar o pequeno canivete de seu chaveiro e fazer um corte em seu braço, sim, um corte porque talvez a dor o fizesse esquecer aquele homem que abria a porta do banheiro com a toalha envolta da cintura sem o menor constrangimento em retirá-la e colocar uma roupa… Novamente a benga de carnes balançava ao ponto de hipnotizá-lo.
Gustavo lembrava o Davi de Michelangelo, mas sua piroca flácida era muito mais robusta e imponente e sua pele bronzeada era muito mais excitante e máscula, ora, era a visão de uma doença que deveria ser abandonada por nosso herói que escondia o corte sofrendo por causa da dor e que padecia com os sonhos platônicos que tentava negar a todo custo, até mesmo porque o macho admirado era hétero e só em imaginar seus sentimentos sentiria nojo, todavia, Cândido concluiu que o fato de seu admirador gostar de mulher era uma benção, afinal, era a segurança que não cairia em tentação, poderia até se impregnar de desejo incontrolável, mas jamais o realizaria!
O tempo passou e Cândido continuou se cortando todas as manhãs quando mirava aquele homem de cueca e pau duro em sonhos tão longe e quem sabe, encantadores, ora, aquele canivete havia sido um presente de seu pai logo que soube que ele havia passado no vestibular, mas naquele momento era um instrumento de tortura, onde o pobre jovenzinho tentava diminuir o desejo que sentia por macho, porém, por mais que tentasse abandonar os desejos ocultos, o cheiro da virilidade era ostentado naquele quarto e o fazia voar longe quando via a benga balançando sempre que o amigo trocava de roupa.
Pouco tempo passou e Gustavo pediu um grande favor, afinal, não tinha dinheiro para motel e estava muito necessitado em foder uma garota que há tempos fazia cu doce o enrolando para dar a bucetinha intocada. Nosso inocente rapaz, sem ter o que responder, disse que iria demorar a voltar da faculdade, assim, ele poderia levá-la ao quarto e satisfazer a sua vontade. Nesta resposta, Candinho sorria, mas por dentro estava destroçado, pois aquele quarto era um santuário onde seus desejos platônicos podiam ser aflorados e não estragados pelo cheiro feminino.
Poderíamos dizer que foi um dia triste para Cândido que ficou tarde da noite na biblioteca estudando para esquecer o amor pecaminoso que fazia o seu braço estar cheio de cortes, as marcas de seu sofrimento, até que Gustavo enviou uma mensagem pelo celular dizendo que ele já podia voltar e que estava levando a mocinha para casa, dessa forma, ele voltou ao seu lar contendo o choro do ressentimento. Quando entrou no quaro, o jovem inocente tremeu com o cheiro que o inebriava, um cheiro diferente, porém muito melhor ao ponto de uma onda de arrepios tomarem conta de seu ser.
Sexo! Era cheiro de sexo!
Em passos lentos, o jovenzinho se aproximou da cama de seu colega toda desarrumada e com cuidado tocou o lençol onde havia acabado de ser realizado o coito. Como isso poderia excitá-lo? Quem sabe a energia que o casal ostentou naquela cama não estivesse sendo transferida ao pobre coitado que tocava naqueles lençóis como se estivesse se drogando com êxtase, tão absorto, até que achou uma camisinha cheia de porra, ora, a semente de seu pupilo estava dentro daquele conteúdo e todo o vigor e desejo de Gustavo se concentravam naquele sêmen ao ponto de fazer com que Cândido tivesse espasmos de prazer sem nem entender o motivo para tanto.
Continuando a mexer nos lençóis o jovenzinho encontrou uma mancha de sangue, então ela era virgem! Como aquele rapaz sentiu inveja dessa mocinha, como queria estar em seu lugar e satisfazer aquele homem, como queria sentir aquele pênis duro feito uma rocha entrando e forçando o hímen como se estivesse rasgando uma parte de seu corpo, como queria sentir o orgasmo daquele homem penetrando por seu útero, como queria ser desejado como ela havia sido desejada… Que horror, como num estalo de sanidade, a pobre criatura voltou a si percebendo que estava caindo em pecado novamente e por isso precisava usar o canivete para se cortar e mais uma vez a dor era usada como um instrumento para diminuir aquele desejo incontrolável.
Cândido podia pedir outro quarto, inclusive procurar outra república, mas estava preso aquele cheiro de homem, estava preso a Gustavo de forma desumana e avassaladora ao mesmo tempo em que sofria pela culpa do pecado e se inebriava com os prazeres que a virilidade de seu colega ostentava. Era uma relação doentia? Com toda a certeza, mas lembre-se que a sexualidade dessa inocente criatura foi tolhida por seus pais religiosos desde muito cedo ao ponto deles colocaram na cabeça daquela criança que o prazer atribuído ao sexo levava ao inferno.
O amor que Candinho nutria era um amor destinado ao fracasso porque Gustavo estava apaixonado pela ex-virgenzinha ao ponto de pedi-la em namoro, ora, como nosso inocente sofria com suas demonstrações de paixão, afinal, aquele homem vivia dizendo que ela era a mulher mais linda que já havia fodido e que estava disposto a se casar e constituir família. Devem saber que a maior prova de seu amor era a fidelidade, pois mesmo sendo um verdadeiro ninfomaníaco que sentia compulsão por arrombar bucetinhas, fazia tempos que transava apenas com uma mulher, aquela que despertava a inveja de tão inocente e cândida criatura.
O nome dela era Rosalinda e também estava apaixonada vivendo uma grande história de amor, tão bondosa, se tornou amiga de Cândido porque também fazia direito, na mesma turma inclusive e via naquela nova amizade um informante para as escapadas do namorado porque ela sabia que ele era um homem insaciável e com uma fama nada aprazível.
– Ele não sai mais de casa à noite, a não ser que seja com você, acredite, ele é o homem mais apaixonado de toda a cidade.
Cândido dizia a mais pura verdade e sofria em reconhecer que seu pupilo era de fato um homem heterossexual, ora, ele sabia que era pecado o seu desejo e se cortava todo o dia por isso, mas se aquele macho quisesse, ao menos demonstrasse, estaria disposto a satisfazê-lo nem que para isso tivesse que ir ao inferno, nem que para isso tivesse que condenar a sua alma pela eternidade, pois a sensação de aliviá-lo compensaria todo e qualquer sofrimento que viesse depois.
Todo o dia ou quase todos os dias, nosso inocente ficava até tarde da noite na biblioteca para que o macho pudesse acasalar com sua fêmea e sempre que voltava ao lar o cheiro de sexo o inebriava, ora, só em imaginar que naquela cama Gustavo havia resvalado todo o alívio acumulado o fazia ter arrepios e novamente a camisinha era uma forma de transferência de energia, na realidade estava disposto a beber o seu conteúdo, mas considerou que estaria condenando a sua alma por muito pouco.
O desejo de nossa pobre criatura crescia a cada dia com a culpa que o obrigava a fazer cortes no seu braço que sempre estava protegido por uma atadura. Será que isso um dia teria cura? Será que essa patologia iria passar? Candinho considerava que não, pois ele considerava o amigo pirocudo como um sonho platônico para toda a eternidade… Tempos ruins estavam chegando para Gustavo, haja vista que mesmo apaixonado em nuvens rosa do amor, outras nuvens negras e chuvosas se aproximavam de seu destino ofertando grandes desafios que veio com um atropelamento na porta do hospital, que horror, ele ficou ferido e passou pela sombra da morte, todavia, o pior que poderia acontecer é que seus braços ficaram quebrados em várias partes e dificilmente ele seria um cirurgião.
Como o coitado sofreu e chorou com o seu destino deitado naquela cama com os dois braços imobilizados e cheios de pinos, o seu sofrimento era tanto que teve que ser amparado pela namorada e pelos seus pais que tiveram que consolá-lo afirmando que ainda poderia ser um médico e não importava se não poderia ser um neurocirurgião como tanto queria… O tempo passou… Cândido foi visitá-lo no hospital e tentou ofertar otimismo ao seu amigo, mas também sofria com sua situação.
Um mês no hospital…
Cândido sentia um vazio existencial toda a vez que voltava para o seu lar, ora, aquele quarto não tinha mais o mesmo cheiro de antes, já não estava resvalando masculinidade como outrora e apesar da razão do rapazinho dizer que isso era bom para a sua alma que se afastava do pecado, ele sentia falta, ah, como sentia falta, entretanto, essa falta logo seria preenchida porque Gustavo pôde voltar para casa e apesar de seus pais insistirem que ele trancasse a faculdade e voltasse para sua cidade de origem, ele foi incisivo, terminaria a faculdade naquele semestre nem que fosse a última coisa que faria! Quantas fisioterapias ele teria que realizar para voltar a ter os movimentos completos dos dois braços? Inúmeras! Porém teria a ajuda de sua dedicada namorada que ficou com ele todo o tempo em que padeceu no leito de um hospital.
Quem diria que Cândido iria voltar a ver o seu pupilo enorme e cheio de músculos voltando para a República dos Sonhos com os dois braços em tipoia e quase sem nenhuma movimentação necessitando ser amparado pela namorada. Nossa inocente criatura ficou contente em ver que ele se recuperava e se convidou a ajudá-lo no que fosse preciso, inclusive estava disposto a ser parceiro daquela mocinha e fazer com que ele se sentisse o mais confortável possível. Rosalinda era dedicada, dava comida em sua boca, o levava ao banheiro para segurar sua piroca enquanto ele urinava, inclusive o levava para a faculdade para assistir as últimas aulas, afinal, o semestre terminaria em duas semanas e Gustavo tinha que compensar o tempo que ficou hospitalizado, todavia, o pior para ela sempre eram os banhos, pois ele com a face afogueada implorava por uma punheta.
– Por favor, meu amor, já faz mais de um mês e eu estou ficando louco de tesão, os meus ovos estão doendo!
Como ela era insensível ao dar as esfarrapadas desculpas, como não tinha piedade dizendo que Candinho podia voltar a qualquer momento, como não tinha sentimentos fingindo estar apressada para a faculdade ou que estava com dor de cabeça… Na realidade, essa mocinha nunca realmente gostou de sexo e transava com ele para prendê-lo, ora, Gustavo era insaciável e com certeza iria procurar oura garota senão o fizesse gozar todos os dias e por isso se deixava ser guiada aquele quartinho para ser fodida por um macho que a fazia gemer de dor por causa daquela piroca que mais parecia uma britadeira ensandecida pressionando o seu útero.
Naquele momento Gustavo estava com os dois braços sem movimentação, dependente para tudo e com certeza não conseguiria se dirigir a rua procurar uma piranha, aliás, muito difícil uma mulher iria querer um homem tão dependente. Não precisava aliviá-lo como antes, afinal, a fidelidade estava segura e nem que ele quisesse conseguiria traí-la com uma dessas universitárias jovenzinhas, interesseiras, que nunca se doariam tanto por um homem como Rosalinda se doava ao ponto de se prejudicar na faculdade, afinal, muitas vezes faltou aula para levá-lo a fisioterapia e Candinho era o responsável por pegar todas as matérias que haviam sido ensinadas.
Imaginem um homem viciado em sexo e acostumado a comer uma bucetinha todos os dias ou pelo menos quase todos os dias… Imaginem um homem viciado em sexo em abstinência por mais de um mês. No hospital com os dois braços engessados e cheios de pinos, mesmo cheio de problemas, ele sentia um pulsar no membro e implorava para Rosalinda um boquete, mas ela se recusava, afinal, aquele não era um local apropriado, mas os seus testículos doíam e ele estava com os braços imobilizados e nem uma punhetinha ela se propôs a realizar, oh, isso é maldade!
Quando retirou o gesso, o macho afogueado achou que ao menos poderia se aliviar, mas estava enganado porque toda a movimentação era difícil, vejam só, até levantar o braço doía, quando mais fechar a mão ao redor do pênis, não, deveria ficar imobilizado em tipoia durante um bom tempo em sessões de fisioterapia que parecia que não chegava ao fim. Dessa forma, os testículos de Gustavo nunca estiveram tão sensíveis ao ponto de ter dificuldade de andar, mas o pior é que sempre passava uma gostosa na rua, sempre passava uma bunduda e uma mulher de peitos enormes sem sutiã que balançavam sem parar e quem nascia era o pênis que babava e crescia sem poder controlar. Era desesperador!
Mais uma vez o banho. O pênis estava duro quando sua namorada com todo o cuidado passava o sabão e mais uma vez ele estava com a face vermelha implorando com o olhar, pedindo clemência, ao menos uma punheta e ela sem paciência percebeu que não tinha mais como prorrogar, então, como se estivesse fazendo um favor pegou sua pica de vinte e dois centímetros e começou a movimentar passando da glande até a base do pau para depois subir novamente a glande fazendo com que os olhos de Gustavo ficassem revirados enquanto finalmente sentia um pouco de prazer e luxúria na sua vida e isso se prolongou por poucos minutos até que a mocinha ficou impaciente e viu na desculpa do celular tocar o fim da maçante sessão.
Jurando que voltaria a satisfazê-lo, a mocinha atendeu o celular e depois voltou dizendo que tinha que ir embora porque havia sido reprovada e precisava falar com o seu professor, até parecia aflita, mas Gustavo estava com o pau em meia bomba desesperado pra gozar, era angustiante, entretanto, a namorada não se importou e com o rosto sereno ajudou a retirá-lo do banho porque estava com muita pressa, assim, começou a secá-lo com a toalha até que ela ouviu a porta se abrindo anunciando que Candinho finalmente havia chegado e ela desesperada para fugir do fulgor de seu homem, saiu do banheiro e implorou:
– Por favor, Candinho, ajude ele se arrumar, estou muito apressada!
Rosalinda saiu correndo para salvar sua nota, mas nem imaginava que o coração de Candinho estaria batendo de forma valente ao ver aquele homem pelado no banheiro e com a piroca meia bomba. Devem imaginar que a face do macho era vermelha e desesperada por um alívio, ao menos um pouco de prazer e não precisava ser vidente para deduzir o que havia ocorrido, simplesmente a namorada havia fugido das investidas de Gustavo que precisava a todo o custo gozar!
Constrangido, o jovenzinho inocente sorriu amigavelmente para retirá-lo do banheiro e começar a secar os seus cabelos, os seus ombros, os seus braços (ele não usava tipoia no banho), o seu tronco… Até que Candinho se agachou para secar suas pernas e fosse subindo devagar, com as faces rubras de excitação, secando os joelhos, a coxa, até que alcançasse com a toalha aquele pênis meia bomba e movimentasse fingindo que estava secando demonstrando todo o seu cuidado e dedicação, ora, é difícil explicar o que se passava na cabeça de Gustavo que via no amigo um rapazinho frágil e religioso, todavia, que naquele momento secava sua pica com toda a dedicação possível, tanto afeto que o pênis cresceu como outrora.
Candinho sentiu o pênis enrijecer por trás da toalha, ora, o seu peito estava apertado, sua face suava de emoção, a sua consciência queria dizer que aquilo era errado, mas o impulso foi maior, pois simplesmente abriu a boca e colocou uma boa parte do caralho dentro dela para que pudesse salivar e sentir aquele gosto de sabão misturado com pica, um gosto maravilhoso que enriquecia o seu paladar ao ponto de sentir um maravilhoso impulso em movimentar a sua linguinha envolta daquela glande roxa e redonda que babava e pulsava por aquela chupada.
Gustavo podia parar? Podia! Mas estava muito necessitado e mesmo que aquilo o enojasse, ele sabia que não podia dizer não, os seus ovos estavam cheios de porra por mais de um mês e precisava esvaziá-lo antes que estourasse, assim, simplesmente ficou parado com os braços caídos e a face amarrada. Quem visse aquela cena, iria ficar tocado com a dedicação do viadinho que dava beijinhos na pica, que lambia o saco cabeludo para pôr um dos ovos pesados dentro da boca, que passava a linguinha no cabresto do pau porque percebia que o pupilo ficava arrepiado, todavia, quem visse aquela cena poderia ficar excitado com a cara amarrada do macho que se deixava chupar, o rosto de nojo e desprezo de quem olhava para o inocente que queria vê-lo feliz… O macho demonstrava prazer, mas por dentro estava indo às nuvens surpreso como bom chupador de rola o amigo era.
Candinho nunca havia feito um sexo oral, muito pelo contrário, mas o desejo por aquele macho era tão grande que não podia não evitar chupar aquele membro de vinte e dois centímetros que latejava, assim, ele se maravilhava lambendo os testículos sentindo os pelos pubianos para depois subir e se dedicar a glande que dava arrepios ao seu pupilo. Era a realização de um sonho! Queria dar mais prazer ao seu homem e por isso, como num impulso, abriu a boca até não poder mais e forçou até alcançar ¾ do pau para que se afastasse com uma baba que caiu por seu queixo lamentando-se por não conseguir chegar até o talo, assim, controlou a tosse para logo depois prender a respiração e forçar…
O rosto de Gustavo estava vermelho enquanto ele evitava demonstrar prazer, ora, era a face de um macho que sentia nojo e desprezo daquele viadinho, um macho que não conseguia entender porque se deixava chupar, mas simplesmente não conseguiria evitar porque o extinto de sobrevivência insistia para que ele se aliviasse. Qual foi a surpresa daquele homem ao sentir o viadinho forçando a pica em sua garganta? Qual foi a surpresa para que ele grunhisse em maravilhoso susto com o que estava acontecendo? Simplesmente foi o estopim do prazer enquanto o jovenzinho fazia a garganta profunda, foi o que faltava para o macho rosnar com voz grave e furiosa, o suficiente para que ele tremesse todo o corpo e movimentasse os quadris contra a inocente criatura que usava sua saliva para vê-lo feliz, simplesmente foi o que faltava para que tivesse o merecido orgasmo com um urro de macho que se prolongou com seu rosto de raiva ao sentir uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze jatos de esperma emergir como um vulcão, podendo, dessa forma, se aliviar e sentir que o mundo abandonava suas costas.
Candinho sentiu muito esperma salgado emergir, pois era muita porra guardada em mais de um mês sem ejaculação que estava com o gosto fortemente amargo, mas que para a inocente criatura era melhor que o vinho, assim, mesmo com dificuldade engoliu tudo até sentir a garganta arder porque um líquido grosso descia por seu estômago, mas ele não se importava, inclusive, usou a boca para limpar a piroca meia bomba de seu homem que o olhava com desprezo, mas parecia que via um rato.
O jovenzinho estava constrangido, vermelho de vergonha, mas tomou a atitude de buscar uma cueca limpa e voltar a se agachar diante daquele marmanjo enorme que estava com nojo de sua presença, mas que por causa dos braços ainda machucados teve que se sujeitar a situação de sentir o viadinho o vestindo com um short confortável e aturar a sua presença, ora, só de imaginar que durante todo esse tempo em que trocou de roupa na frente do viado sentia asco e vontade de bater naquele muleque, ah se pudesse! Quantas vezes ele já não havia manjado a sua rola? Quantas vezes já não teria o espiado no banheiro?
– Se contar para alguém eu te mato!
Essa foi a primeira vez que o jovenzinho teve medo de seu colega de quarto, ora, aquele olhar demonstrava tanta raiva que realmente havia acreditado nessa ameaça, todavia, talvez, o constrangimento fosse maior que o temor, pois a vergonha que sentia alcançava os seus pais e seus amigos da igreja.
Quanta coisa passava na cabeça de tão inocente criatura que finalmente havia descoberto a essência de seu ser!
Naquele mesmo dia, Candinho deixou o amigo acomodado na cama vendo televisão e foi ao banheiro para lavar a boca, mas ao se olhar no espelho percebeu que não a lavaria, não, o gosto de esperma estava em seu paladar e não queria abandoná-lo, muito pelo contrário, queria aquele gosto de macho pela eternidade, assim, apenas lavou o rosto para se acalmar e organizar os pensamentos que conduziram ao seu braço cheio de cortes que muito o fizeram sofrer, mas que naquele momento estava livre dos machucados porque a cândida criatura estava feliz e realizada e nunca mais iria se auto-flagelar, pois já começava a se aceitar! Quando saiu do banheiro, o jovenzinho sentiu o cheiro de esperma, era um cheiro muito forte que precisava ser suavizado porque Rosalinda voltaria a qualquer momento, assim, com delicadeza abriu a janela e espalhou um aromatizante pelo quarto.
Gustavo, deitado na cama e sem camisa, o olhava com cara de ódio e rancor, era um olhar aterrorizante que causava medo e excitação no viadinho que queria chupá-lo novamente, mas que sabia que seria difícil porque o macho insistiu em dormir com a namorada que tentou negar por causa de suas investidas sexuais, mas a insistência foi tanta que aceitou sabendo que o pai morava com ela e jamais permitiria que o namorado da filha tentasse alguma investida indevida.
A lua estava alta no céu.
Candinho sentiu um vazio tão grande naquela noite que chegou a chorar nos lençóis, ora, ele queria o seu pupilo, queria o cheiro da testosterona pelo quarto, queria sentir os jatos de esperma em sua garganta, queria ouvir o urro de macho gozando, mas o seu colega parecia tão arisco que muito duvidou que aquela sessão maravilhosa de prazer voltasse a acontecer, entretanto, Gustavo se sentiu tão pouco a vontade na casa do sogro que voltou na tarde seguinte com cara de poucos amigos e sem nem dirigir uma palavra sequer para o antigo colega que já não era mais o seu amigo.
Logo após se arrumar para a faculdade, o jovenzinho se aproximou do macho que estava deitado, de cara amarrada e sem camisa fingindo que a sua presença era a de um inseto. Imagine como o inocentezinho se sentia ruborizado com sua presença, como a virilidade daquele homem permanecia como uma droga ilícita, como o seu cheiro de macho reprodutor o arrepiava… Queria conversar com ele, esclarecer os fatos e tentar voltar a antiga amizade:
– Por favor, me perdoe, eu não sabia o que estava fazendo, juro que não, mas a sua presença era tão marcante, a sua necessidade em ejacular era tão forte logo após que a sua namorada o abandonou que eu não me controlei, por favor, me desculpe, foi um impulso muito forte que não consegui evitar, mas espero que saiba que podemos voltar a ser amigos e se um dia você precisar se aliviar eu estarei aqui para fazê-lo gozar e eu peço que me veja apenas como um instrumento, ora, sei que gosta de mulher, mas na sua condição eu posso ser um alívio, entende?
Gustavo via um rapaz muito jovem e inocente se humilhando diante de sua presença, demonstrando toda a sua submissão como se fosse um cachorrinho, mas só o que conseguiu sentir foi nojo, um asco muito forte que nem as aulas de autópsia lhe causaram porque era muito mais fácil ver um cadáver sendo rasgado do que aquele jovenzinho com ar apaixonado.
– Você não passa de um viadinho…
Essa frase tinha tanto desprezo e rancor que Candinho mal pode controlar as lágrimas ao fugir daquele quarto e descer as escadas para que pudesse chorar o seu amor platônico e abandonado. Por que amar quem não o ama? Era o que pensava tão inocente criatura que se descobria apaixonado e desiludido simplesmente porque o alvo de sua paixão gostava de bucetinhas e bastava aceitar a sexualidade de seu pupilo e se conformar que dele não teria mais nada. O que passou não iria acontecer de novo!
Gustavo continuou amparado pela namorada nos dias que seguiram, aliás, ele havia pedido outro quarto ao dono da república, mas naquela época do ano era praticamente impossível uma vaga, todavia, para o seu alívio Candinho passou a estudar o dia inteiro na biblioteca e só chegava em casa tarde da noite, talvez, para deixar o macho em paz da sua incômoda presença.
Finalmente o semestre estava acabando!
Gustavo continuava implorando a namorada uma punhetinha, mas ela se recusava a todo o custo e o coitado já estava sete dias sem ejacular, que horror, já estava ficando em abstinência como outrora sentindo os testículos tão sensíveis que era difícil andar e mesmo a fisioterapia melhorando os seus movimentos ainda faltava muito para conseguir fazer os movimentos da masturbação. Embora já conseguisse mijar sem auxílio, aquele marmanjo fingia que o braço doía, assim, a namorada se via obrigada em pegar o seu cacete meia bomba para mirar enquanto ele urinava e isso era a única sensação de prazer que conseguia ter de sua amada.
– Por favor, meu amor, meu saco vai explodir!
Mas sempre que suas clemências se tornavam maçantes um telefonema tocava, uma desculpa surgia e até mesmo sua expressão de pouca paciência demonstrava que Rosalinda não estava disposta a aliviá-lo, mas por quê? Talvez fosse uma mulher má que gostava de ver um homem enorme e moreno implorando por prazer. Uma satisfação sádica, pois adorava ver a sua face de desespero e perceber que ele mal conseguia andar por causa dos ovos que doíam, ah, como ela se maravilhava! Quantas vezes aquela mocinha fingindo inocência não havia trocado de roupa em sua frente enquanto o macho a olhava com fogo nos olhos? Quantas vezes não havia iniciado uma punheta e interrompido com uma desculpa esfarrapada? Mesmo inconsciente, talvez, a jovenzinha se vingava por todas as mulheres daquela faculdade que já haviam sido comidas por ele e abandonadas no dia seguinte sem um telefonema, assim, quem sabe não seria ela a vingadora de muitas que já choraram pela ausência de amor daquele macho alfa que seduzia e depois largava!
Poderiam surgir muitas teorias, mas simplesmente existia o fato que novamente Gustavo estava com os ovos cheios de porra e toda a vez que tentava se masturbar sentia uma dor muito forte no braço, oh coitado, parecia que os testículos iriam estourar a qualquer momento e não havia nada que pudesse fazer…
Era uma manhã chuvosa e após um sonho profundo o nosso inocente herói acordou com a visão de Gustavo dormindo com uma piroca enorme dentro do short (ele não usava mais cueca na sua frente), ora, era uma visão encantadora, mas deveria ser evitada a todo o custo e por isso o jovenzinho foi silenciosamente se banhar e se arrumar para a faculdade esperando que ele acordasse para tampar aquela visão maravilhosa, todavia, quando saiu do banheiro percebeu que o pupilo ainda dormia, talvez, cansado da sessão de fisioterapia que havia ocorrido até tarde da noite.
O cheiro de macho empesteava o quarto e o respirar daquele homem dormindo era muito forte e viril como a piroca que estava dentro daquele short, ora, como era lindo e musculoso sem camisa, como era o objeto de prazer de tão inocente criatura que não pôde não se controlar para se aproximar delicadamente para tocar a pica por cima do tecido e se surpreender que o pau latejava enquanto um ronco leve era proferido.
O que tinha a perder? Pensou o jovenzinho que sabia que já tinha o desprezo daquele homem que não poderia agredi-lo com aqueles braços machucados, ora, bastava arriar o short e se surpreender com a pica que pulou de forma brusca e também com os ovos que pareciam enormes ao sono alto. Sem nem pensar, o jovenzinho lambeu os seus testículos com muito carinho se maravilhando com os pelos pubianos e com o tecido do saco escrotal que tinha uma textura única, mas o melhor foi subir lentamente até o pênis para lamber lentamente até o cabresto e chupar aquela área que já sabia que ele adorava.
Gustavo estava tendo um sonho muito gostoso, até que acordou assustado tremendo toda a cama e mirou o viadinho já com olhos esbugalhados de raiva, mas o prazer que sentia era tão forte que não disse nada, apenas deitou a cabeça no travesseiro e mirou o teto enquanto estava se sentindo nos céus porque a chupada era muito boa, com muita pressão, enquanto a glande era inteiramente percorrida por aquela linguinha que circulava a área que babava. Como ele, macho que era, permitia aquilo? Ora, permitia porque era um macho que precisava gozar, era uma necessidade fisiológica que não conseguia evitar e sua namorada não estava disposta a ajudá-lo, portanto, justamente por ser macho que aceitou ser chupado e sua virilidade apenas aumentou enquanto sentia o saco sendo chupado e um testículo sugado.
Como era bom, tão bom que o macho olhava para o teto com o rosto fingindo seriedade e com a mão direita atrás da cabeça mostrando total indiferença, mas totalmente entregue ao viadinho que forçava a sua piroca na garganta a tal ponto que um orgasmo muito forte se aproximou e ele deu um rosnado de prazer enquanto os olhos estavam revirados sentindo o ejacular vultoso na garganta de Candinho que engoliu tudo e depois o limpou com a boca de forma submissa para que guardasse a piroca meia bomba dentro do short o deixando como se tivesse intocado, mas ainda assim satisfeito.
Candinho se ergueu de forma vitoriosa, pegou os seus materiais de estudo e foi embora deixando um macho surpreso para trás. Durante todo o dia sorriu em felicidade e só voltou tarde da noite após um longo estudo na biblioteca (como o costume) para receber a notícia que Gustavo havia abandonado a República dos Sonhos e voltado para sua cidade de origem.
– Não sabia que ele havia conseguido concluir o curso nessa semana? Ele já estava se preparando para ir embora há dias porque a faculdade comovida com a sua situação antecipou suas provas finais!
O dono da república olhava para Candinho sem entender sua expressão de surpresa e mal conseguiu compreender o motivo dele abandonar a recepção e subir as escadas sem proferir nenhuma palavra, apenas estava com o rosto petrificado ao entrar em seu quarto e perceber que estava sozinho, pois as roupas não estavam mais no guarda-roupa, a cama abandonada só com um colchão sem lençol e até o cheiro de macho que tanto adorava se impregnar tinha ido embora. Por quê? Nunca mais teria a presença de seu amigo, nunca mais sentiria o doce ardor de sua voz contando as aventuras sexuais, nunca mais teria o sonho de um dia retirar dele um afeto sequer.
O sofrimento parecia enorme, ora, como chorou desoladamente ao perceber que amava, mas não era amado, como se sentiu sozinho nessa vida amarga que só traz amores platônicos e nenhum riso de alegria. Quem sabe não fosse um sinal que deveria voltar à igreja e ao bom caminho? Candinho voltou para a casa nas férias e voltou ao lar de seus pais que demonizavam o sexo e o prazer, assim, estava disposto a se purificar com muitas orações e abandonar por vez qualquer impulso de homossexualidade em sua vida.
Finalmente já se considerando curado dessa doença, voltou àquela cidadezinha porque havia ainda quatro anos e meio de faculdade e muito o que estudar para se tornar um advogado, assim, retornando a República dos Sonhos, o nosso inocente herói se entristeceu porque sabia que não teria mais a presença de seu amor e nem a visão de seu pênis trocando de roupa, ah, como eram lembranças gloriosas… Eram lembranças que deveriam ficar para trás, pois ele era um novo rapaz destinado as virtudes divinas… Quando entrou no recinto foi cumprimentar o dono da república que disse que ele teria um novo colega de quarto (já imaginava por isso) que estudava engenharia e que vinha da Bahia, assim, com receio de novas amizades o jovenzinho subiu as escadas e abriu a porta para sentir um cheiro diferente, um cheiro de homem viril que fez com que a pele ficasse toda arrepiada ao perceber que o novo amigo era um negro de um metro e noventa e altura e com um volume ostensivo entre as pernas que chegava a trazer medo.
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FIM
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